O prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), sinalizou ontem dois importantes passos na consolidação do acordo político firmado com o Democratas. Primeiro quanto as regras para a definição do nome do candidato de ambos os partidos numa eventual coligação. “A mesma regra que serve para mim servirá para o senador Jaime Campos, ou seja, quem estiver melhor será o candidato. Se ele (Jaime) estiver melhor nas pesquisas ele terá o meu apoio e vice-versa”, frisou o tucano.
Outro toque sutil do prefeito são quanto as possibilidades do PPS, partido dirigido pelo deputado Percival Muniz, que acompanha o senador Jaime Campos, mas rejeita uma eventual coligação com os tucanos, estar afinando os discursos e poderia ser contemplado com uma das duas vagas na chapa majoritária para o Senado. Aliás, a coligação dos tucanos com o Democratas estaria sem nomes para a disputa ao Senado, fato que estaria trazendo de volta ao cenário político, o ex-senador Antero Paes de Barros que reluta em assumir a candidatura, admitindo disputar uma vaga para à Assembleia Legislativa.
O problema é que Percival Muniz passaria a disputar espaço político com Blairo Maggi (PR) que também disputará uma das duas vagas do Senado e que tem um acordo selado com os petistas, que não apenas desejam disputar uma das vagas como vencer as eleições, carregados pela popularidade do atual governador que apoia o peemedebista e seu vice, Silval Barbosa, para sucedê-lo frente ao Palácio Paiaguás.
Caso se confirme essa guinada no PPS, que defende a candidatura do empresário Mauro Mendes (PSB), essa pode ser a primeira derrota do neosocialista, que pleiteia ser candidato ao governo de Mato Grosso pelo PSB, e que acalenta o sonho do vice, Silval Barbosa (PMDB) não se viabilizar para poder contar com o apoio de Blairo Maggi, seu padrinho na política, do qual se distanciou por causa da desfiliação do PR e da filiação ao PSB. Mendes sabe melhor do que ninguém que as coisas ficam bastante difíceis sem o apoio do governador.
Mesmo resistindo a tese de assumir publicamente sua candidatura, Wilson Santos se fez de rogado em solenidade de posse do novo presidente da Sanecap, Carlos Roberto da Costa, o Nezinho, ao ser aclamado pelo ex-governador e hoje diretor da empresa, Frederico Campos, que também já foi prefeito de Cuiabá como futuro governador de Mato Grosso. “Meu pai sempre me ensinou que, manda quem pode e obedece quem tem juízo e como não mando nada, só me resta ter juízo”, disse, sorrindo para o ex-governador Frederico Campos.