O apoio à manutenção ao veto 52, que deve ser votado hoje em sessão conjunta do Congresso Nacional, foi manifestado por quatro dos 11 parlamentares federais que Mato Grosso tem em Brasília. Nas redes sociais, os deputados Neri Geller (PP), coordenador da bancada de Mato Grosso, de José Medeiros (Podemos) e Nelson Barbudo (PSL), além da senadora cassada Selma Arruda (Podemos), declararam apoio à intenção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em retirar dos parlamentares o controle sobre R$ 30 bilhões do orçamento de 2020.
Trata-se de um veto parcial de Bolsonaro no orçamento impositivo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020 que diz respeito ao controle de cerca de R$ 30 bilhões por parte do Congresso. A proposta ainda previa regras para pagamentos de emendas parlamentares, prazos e até punições ao governo, em caso de descumprimento, que foram retiradas do texto. A pauta gerou repercussão após divulgação de áudio de Bolsonaro convocando protestos contra o Congresso.
São necessários 257 votos para manter o veto do presidente na Câmara e 33 no Senado. Se o veto for derrubado, os parlamentares poderão controlar os R$ 30 bilhões de recursos em emendas parlamentares, que poderão ser distribuídas em verbas para Estados e municípios.
Pressionado, o deputado Neri Geller, coordenador da bancada de Mato Grosso, se posicionou nas redes sociais em apoio à manutenção do veto. “Eu voto pela manutenção do veto do presidente da República. As emendas de bancadas são importantes, as emendas individuais são importantes e são importantes que sejam emendas impositivas. Agora, ampliar em R$ 30 bilhões eu votarei contra e votarei pela manutenção do veto”, argumentou.
Medeiros fez campanha nas redes sociais para “cobrar todos os parlamentares pela manutenção do veto 52. O congresso não pode tomar para si o controle sobre bilhões do orçamento”.
O deputado Barbudo disse que “politicagem é deixar mais 30 bilhões na mão do parlamento. Já temos emendas que chegam para nosso trabalho regional, vamos legislar e fiscalizar e dar a devida autonomia a esse Governo que prova dia após dia sua retidão”.
A senadora cassada Selma Arruda é uma das que se mostra de forma mais favorável á manutenção do veto e faz intensa campanha na internet dizendo que não cabe ao Congresso administrar o orçamento.