Quatro membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a cooperativa comandada pelo empresário Eraí Maggi (PP) foram indicados. Além do deputado estadual José Riva (PSD), que propôs a investigação, irão participar os parlamentares Alexandre César (PT), Teté Bezerra (PMDB) e Hermínio J. Barreto (PR). O quinto integrante deve compor o grupo e tudo indica que ele seja do PR.
A única CPI instalada, após as três propostas, deve correr contra o tempo em busca da conclusão, uma vez que o legislatura termina em dezembro e há o compromisso de que os trabalhos serão encerrados antes disso.
Riva salientou que já foi atrás de algumas testemunhas para dar mais celeridade ao caso, antes mesmo de ser confirmado pela Mesa Diretora. “Temos que instalar ela rapidamente, porque precisamos, no mínimo, 40 dias para concluir o trabalho. Isto será importante para Mato Grosso. Já temos grande parte das informações. Fomos nos aprofundar num trabalho e ouvi alguns membros e associados da cooperativa".
Ele disse que até a próxima semana o último membro da CPI deve ser indicado, que provavelmente será o PR, devido ao maior número de parlamentares na bancada. “Agora, até terça-feira (4), se não for indicado o membro, a Mesa tem que indicar. A CPI não tem mais volta, porque a partir do momento em que ela é publicada, independentemente de se manter ou retirar assinaturas, já está efetivada. Portanto esta CPI vai funcionar”.
Ainda não se sabe quem irá presidir a comissão. Riva disse que não tem preferências, mas se colocou à disposição, se for o caso. “Qualquer um. Eu posso presidir esta CPI, vai ser um trabalho rápido. Espero contribuir, mas para o bem do andamento do serviço dos trabalhos, para não dizer que houve nenhuma ação tendenciosa, abro mão da presidência para outros membros. Qualquer um que presidir a CPI vai fazer um bom trabalho”.
Entenda o caso – o deputado estadual José Riva propôs uma CPI para investigar supostas fraudes e simulação de negócios da Cooperativa Agroindustrial de Mato Grosso (Cooamat), no qual é sócio o empresário Eraí Maggi, além de parentes e funcionários do Grupo Bom Futuro. Há suspeitas de que a empresa sonegou cerca de R$ 500 milhões de impostos aos cofres públicos.