O pré-candidato ao governo, conselheiro afastado Antônio Joaquim afirmou que a presidência nacional do PTB o liberou a criar uma composição no Estado. Isso porque, no âmbito nacional, a legenda deve apoiar o governador de São Paulo e pré-candidato a presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB) que é do mesmo partido que o governador Pedro Taques (PSDB), principal adversário de Joaquim em Mato Grosso.
“Eu conversei com o presidente nacional do PTB, Roberto Jeferson e eles querem apoiar o Alckmin, e eu adiantei e disse que não tenho como me filiar ao PTB na condição de apoiar o PSDB. Não posso, porque ele é 45, e aqui é meu possível adversário. Ele me autorizou a fazer as composições em Mato Grosso para evitar problema”, disse o conselheiro.
De saída do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), o conselheiro confirmou que vai se filiar ao PTB e assumir a presidência do partido em Mato Grosso. Com isso, já começa a viabilizar sua candidatura ao governo do Estado nas eleições do ano que vem. No último dia 19, o TCE encaminhou ao Governo do Estado o processo de aposentadoria do conselheiro Antonio Joaquim, requerido ao TCE-MT no dia 12 de setembro.
O documento foi protocolado no gabinete do governador Pedro Taques (PSDB), que deve assinar o ato de aposentadoria conjuntamente com o presidente do Tribunal de Contas e determinar a publicação no Diário Oficial do Estado. Atualmente, quem está no comando do PTB no Estado é o advogado Alex Vieira Passo, embora o ex-prefeito de Cuiabá, Chico Galindo ainda seja o presidente licenciado da sigla.
Antes de decidir pelo PTB, Antonio Joaquim manteve conversa com algumas lideranças partidárias de outras siglas, entre elas o deputado estadual Carlos Bezerra, presidente estadual do PMDB, que tinha interesse em ter Antônio Joaquim como filiado e sinalizava a possibilidade de o conselheiro ser o candidato ao governo.
De todo modo, a ida de Joaquim para a sigla petebista teve o apoio de Bezerra. “Se não fosse, se eu brigasse com ele eu estaria estreitando meu espaço numa possível candidatura de governador. Sentamos juntos e conversamos bastante e consensualmente ele aceitou eu ir para o PTB”, pontua Joaquim.
Afastado do TCE por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) desde 14 de setembro deste ano, Antônio Joaquim já havia anunciado sua aposentadoria para se dedicar às eleições. Mesmo citado na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) como um dos membros da Corte de Contas que receberam milhões em propina, o conselheiro mantém a decisão de disputar a cadeira do Palácio Paiaguás em 2018.