Os 250 delegados do PT se reúnem neste domingo para definir se vão apoiar a pré-candidatura do governador Silval Barbosa (PMDB) ou do empresário Mauro Mendes (PSB) ao Palácio Paiaguás. A senadora Serys Marly (PT) já admite que, caso o peemedebista seja o escolhido, respeitará a decisão da maioria dos dirigentes petistas e fará campanha em prol de Silval, mesmo preferindo o pré-candidato socialista.
A discussão servirá para resolver divergências entre o deputado federal, Carlos Abicalil, e da senadora Serys, adversários internos da sigla petista. Ele defende a aliança com o PMDB e o PR, cuja chapa majoritária é encabeçada por Silval, enquanto Serys declarou apoio a Mendes, logo após as prévias realizadas no mês passado em que saiu derrotada por Abicalil e perdeu o direito de disputar a reeleição. Porém, se não houver consenso quanto ao rumo que o partido tomará no processo eleitoral deste ano, deverá haver uma votação entre os delegados durante o mesmo encontro, que está previsto para começar às 8h, no Senai no bairro Porto.
Presidente estadual do partido, Abicalil tem pregado a “viabilidade” da coligação pró-Silval em detrimento do candidato do PSB com a argumentação de que a direção nacional do PT orientou a sigla a fechar apoio aos partidos que não prejudiquem a candidatura da ex-ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, à Presidência da República.
Abicalil, argumentou, por meio de assessoria, que a determinação nacional é que haja tenha palanque único para Dilma no Estado e o fato do PSB possuir o PPS no arco de aliança pode ser um ponto negativo, pois a sigla socialista já anunciou que vai fazer campanha para José Serra (PSDB) rumo à sucessão do presidente Lula. Outro fator prejudicial, segundo Abicalil, é a presença do PV na chapa de Mendes. Os “verdes” lançaram a ex-ministra Marina Silva como pré-candidata à presidência.
Defesa – A senadora Serys afirma desconhecer recomendação do PT Nacional no sentido de evitar coligações com partidos que tenham candidatos à presidência e defende o nome de Mauro Mendes. “Em vários estados do país haverão dois palanques. Isso não será problema e, além disso, o PSB, em Mato Grosso, já declarou apoio à ex-ministra Dilma”.
Ela avalia a necessidade de se analisar os dois nomes (Silval e Mendes), pois, segundo a senadora, antes apenas a aliança com o peemedebista estava sendo discutida pela sigla. Serys conta ainda que foi procurada diversas vezes por Silval que a convidou para compor o grupo o qual lidera, inclusive, como vice da chapa, mas ela diz ter recusado. “Expliquei a ele (Silval) que já tenho candidato ao governo”.