O Partido dos Trabalhadores (PT) também se articula para as eleições de outubro e não pensa apenas nas proporcionais. O PT quer colocar candidatos em chapas majoritárias, já propõe nomes para o governo do Estado ou para o Senado Federal, organiza um arco de aliança com partidos de centro-esquerda para apresentar uma proposta no que chamam de “campo democrático e popular”.
O secretário-geral da sigla em Mato Grosso, Nelson Borges, disse, ao Só Notícias, que o partido já fez algumas reuniões do diretório estadual e conversa com outros partidos como PCdoB, PDT, PSB e até com o PSOL. “Estamos construindo uma proposta com um perfil democrático popular e esta tese de termos um candidato deste campo está se fortalecendo, até porque a conjuntura indica que temos que apresentar esse perfil de desenvolvimento econômico com inclusão social, como fez o governo do presidente Lula”, declarou.
Dentro do PT, Borges apontou alguns nomes que podem encabeçar ou compor numa chapa majoritária. O deputado federal Ságuas Moraes, embora haja rumores de que queira abandonar a política, é cogitado, assim como o médico Lúdio Cabral, último candidato do partido ao governo, e os professores Abicalil e Domingos.
“Estamos conversando e os nomes vão surgindo. Temos esses no PT que podem ir ao governo ou ao senado, no PCdoB a professora Maria Lúcia, reitora da UFMT, se colocou ao senado e no PDT fala-se em candidatura do deputado Zeca Viana e até do Pivetta”, apontou Borges.
Em relação ao PSOL, apesar de o Procurador Mauro, pré-candidato ao governo pela sigla, ter dito ao Só Notícias que não pretende compor com ninguém, Borges diz que já conversou com alguns socialistas e que vai confiar na orientação nacional para que possam caminhar juntos.
O petista também analisa que há uma instabilidade nas pré-candidaturas que estão postas e vê nisso uma possibilidade de sucesso na proposta que preparam. “Ainda não tem nada consistente e consolidado. Tem uma movimentação mais ao centro com o Wellington [Fagundes, do PR] e com o Mauro [Mendes, do DEM], mas nenhum confirma. A candidatura do Taques, que deveria ser a mais forte não está com uma base consistente. Isso tudo abre possibilidade de construirmos outra candidatura”, analisou.