O diretório regional do PSDB deve definir nas próximas semanas as regras que as direções municipais terão que seguir na eleição de 2016. Segundo o presidente da legenda no Estado, o deputado federal Nilson Leitão, o documento será elaborado levando em consideração orientações nacionais, mas também as peculiaridades do Estado. Entre as medidas que o tucano já antecipou está a restrição a coligações com o PT e um esforço para que o mesmo ocorra quanto ao PMDB.
“O que nós combatemos em 2014 e estamos combatendo no mandato do governador Pedro Taques é esse passado totalmente obscuro. Nós dizíamos que não queríamos aquele modelo do PMDB e do PT. Agora, chega em 2016, esse modelo serve? Nós não podemos enganar a sociedade. Isso não significa um veto total do que pode ocorrer”, afirmou Leitão durante a inauguração da nova sede do diretório estadual do PSDB, durante a manhã deste sábado (19).
Segundo o presidente, a ideia não é vetar partidos, mas práticas e modelos de gestão. O governador Pedro Taques, no entanto, foi enfá- tico ao reafirmar que não aceitará certas coligações. “Cuiabá é importante para o PSDB, mas não é possível que eu possa estar junto de determinadas pessoas na eleição que vem. É preciso manter a coerência”, sustentou, pontuando que gostaria de debater a situação com o presidente do PSB em Mato Grosso, o deputado federal Fábio Garcia, que se fez presente na solenidade.
O assunto vem sendo pauta das declarações de Taques e Leitão à imprensa desde que se passou a cogitar a possibilidade de o PMDB apoiar a eventual reeleição do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB). A chance de a coligação ocorrer cresceu com o ingresso do senador Blairo Maggi na legenda peemedebista, mas, de acordo com o deputado federal Carlos Bezerra, presidente do PMDB em Mato Grosso, ainda não está definida. Taques pondera que quer apoiar a recondução de Mendes, seu aliado desde 2010, mas também que deseja um papel de protagonismo para o PSDB no próximo pleito.