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PSDB contrata pesquisa para definir entre Serra e Alckmin para enfrentar Lula

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A direção do PSDB decidiu contratar um pacote de pesquisas para definir o nome do candidato do partido à presidência da República. As primeiras sondagens de opinião serão feitas ainda neste mês. As últimas, até o final de fevereiro. Ao término do processo, o tucanato optará entre o prefeito paulistano José Serra e o governador Geraldo Alckmin (São Paulo).

Em reunião reservada chefiada pelo presidente do partido, senador Tasso Jereissati, o PSDB estabeleceu a estratégia para a fase pré-eleitoral. Além da realização das pesquisas, decidiu-se iniciar a elaboração do programa de governo do partido. Terá como ponto central um tópico que o tucanato identifica como uma das principais debilidades da gestão Lula: uma política de desenvolvimento para o país.

A reunião foi feita há uma semana, no escritório Tasso Jereissati em Fortaleza (CE). Participaram, além do anfitrião, três congressistas que integram a direção nacional do PSDB: Artur Virgílio (AM), líder do partido no Senado; Eduardo Paes, secretário-geral; e Sérgio Guerra (PE), membro do diretório Nacional. Eis o que ficou decidido:

1. Candidatos: embora o grão-tucanato não admita de público, o tucano Aécio Neves, governador de Minas, foi excluído do páreo. A disputa interna restringe-se a dois nomes: Serra e Alckmin. Tasso disse durante o encontro de Fortaleza que o partido não pode ficar de braços cruzados até março. Ainda que o anúncio formal só seja feito no final do primeiro trimestre de 2006, é preciso definir o nome do candidato antes disso. Se Serra for o escolhido, terá de preparar o desembarque da prefeitura de São Paulo. Algo que não pode ser improvisado. O prazo de desincompatibilização é 31 de março;

2. Pesquisas: convencida de que as sondagens de opinião vão guiar a decisão do partido, a direção do PSDB optou por contratar as suas próprias pesquisas. Delegou-se ao secretário-geral Eduardo Paes a tarefa de fazer contato com dois profissionais do ramo: Örjan Olsen, do Instituto Indicator de Pesquisa, e Antonio Lavareda, do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas. Em conversa com ambos, Paes encomendou orçamentos que serão entregues nos próximos dias. O PSDB tem pressa. Quer realizar a primeira pesquisa ainda em janeiro;

3. Programa: foi um dos pontos mais discutidos na reunião de Fortaleza. Concluiu-se que, para vencer o PT em 2006, não basta ao PSDB centrar o debate de campanha nas fragilidades da administração Lula e nas denúncias de natureza ética que sitiaram o adversário. Será preciso, acreditam os tucanos, exibir alternativas programáticas, dizer o que o PSDB pretende fazer de diferente caso venha a reassumir o poder. Estabeleceu-se um consenso entre os participantes do encontro: o tema central é a economia;

4. Seminários: para “oxigenar” a elaboração de seu programa de campanha, o PSDB decidiu promover seminários em 15 capitais brasileiras, ainda não escolhidas. A primeira rodada abordará três temas: a reforma tributária, o problema dos juros altos e educação. A idéia é atrair para o debate, além de nomes conhecidos, especialistas de fora do eixo Rio-São Paulo. Pretende-se realizar os primeiros encontros em fevereiro.

Tasso Jereissati comprometeu-se a procurar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para comunicar-lhe das deliberações. FHC é visto no interior do PSDB como uma espécie de “eleitor qualificado”. Sua palavra será decisiva na escolha entre Serra e Alckmin.

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