O presidente da Assembleia, José Riva, e o deputado Zé Domingos, ambos do PSD, confirmaram os possíveis entendimentos para que a sigla caminhe nas eleições de 2014 com o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que ensaia uma candidatura à Presidência da República já que em 2014 conclui seu segundo mandato como chefe do Executivo Estadual.
"Já existe uma conversa nacional em andamento", disse o presidente da Assembleia durante palestra inicial do Programa de Capacitação de Servidores para Interiorização do Parlamento Estadual, ministrada ontem pela manhã. Para ele conversações políticas são comuns e os entendimentos também, mas como se trata de uma eleição atípica por estar em disputa a Presidência da República, os governo de 27 Estados, 27 vagas de senadores, 513 vagas de deputados federais e 1.059 deputados estaduais, informando que os presidentes nacionais Eduardo Campos e Gilberto Kassab tem conversado e que isto pode representar um entendimento com repercussões em Mato Grosso.
Este fato colocaria no mesmo palanque adversários políticos como José Riva e a deputada estadual e única representante do PSB em Mato Grosso, Luciane Bezerra que já demonstrou sua preferência em 2014 pelo projeto do senador e candidato a governador, Pedro Taques (PDT), inimigo figadal de José Riva. Luciane e Riva tem sua principal base eleitoral em Juara, sendo que o presidente da Assembleia cumpre seu quinto mandato com votação sempre superior a anterior e obteve votos em todos os 141 municípios de Mato Grosso e a parlamentar foi eleita pela primeira vez em 2012.
Zé Domingos Fraga lembrou que o governador Eduardo Campos foi enfático ao frisar que está aberto ao entendimento com o PSD e que não se despreza apoio partidário ainda mais numa eleição de dimensões continentais como para presidente da República. "Todos concordamos que ainda é cedo para se falar em sucessão, mas o entendimento e a conversação fazem parte do dia a dia dos políticos então nada mais sugestivo do que o PSB e o PSD se entenderem, até porque, o nosso partido parece que está sendo desprezado pelos atuais ocupantes do Planalto", disse Zé Domingos em referência ao tratamento dispensado pelo PT ao PSD.
Riva lembrou que nada discutido agora será definitivo, em que pese, antecipar uma série de entendimentos que se bem amarrados poderão resultar em frutos no futuro, mas reconheceu que uma coligação em nível federal pode se repetir em nível estadual, mas existem condições regionais que precisam sem respeitadas.
Forjado pelo histórico familiar, já que é neto de uma das maiores lideranças políticas do Brasil de outrora, Miguel Arraes, o hoje governador Eduardo Campos começou como político regional, mas ganhou notoriedade como ministro do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que o projetou para a política nacional consolidada com um mandato de exemplar realização e de consolidação do seu partido o PSB que sempre deu sustentação política ao PT, mas agora almeja voo solo.