Levantamento feito pelo vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), mostra que já existem provas do envolvimento de 54 parlamentares no esquema de compra superfaturada de ambulâncias.
O estudo foi feito com base no depoimento do empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, filho do dono da empresa Planam, à Justiça no Mato Grosso. Jungmann contou 105 parlamentares citados. Destes, 40 teriam recebido a verba em dinheiro vivo, dez em contas particulares, cinco em contas de parentes, 34 em contas de assessores e cinco de outras formas, como um automóvel BMW. Quanto aos demais, o deputado alega que não foi possível identificar a forma de pagamento.
O vice-presidente da CPI explicou que todas as transações não realizadas em dinheiro estão documentadas. “Isso aponta para negligência e sentimento de escárnio, desrespeito”.
Ele informou que vai propor à CPI a divulgação de todos os nomes, que se juntariam aos 57 parlamentares que tiveram a identidade revelada na terça-feira (18) por já terem inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF). “Acho que é um documento histórico. A opinião pública tem o direito de saber”. Para ele, é injusto que o nome dos outros 57 já estejam nas ruas e estes, no anonimato.