Indicações do Partido da República (PR) para ocuparem maioria das secretarias de Estado do governo Silval Barbosa provocou uma crise de proporções preocupantes dentro do PMDB, partido do chefe do Executivo. Os telefones do governador e dos principais auxiliares, além do presidente do partido, o deputado Carlos Bezerra (PMDB), dispararam durante todo o dia de ontem com manifestações pesadas contra a ascensão do Partido da República.
Mesmo os argumentos de que o PR estava sendo contemplado de acordo com o volume de votos que obteve nas eleições de 2010 e que a maioria dos indicados vinha pelo critério técnico e não político como os secretários Eder Moraes (Casa Civil), Edmilson José dos Santos (Sefaz); Pedro Nadaf (Indústria, Comércio e Mineração), Arnaldo de Souza (Planejamento) e Alexander Maia (Meio Ambiente), o clima nas hostes peemedebistas acabaram provocando protestos de todos os municípios de Mato Grosso.
Uma reunião de emergência deverá acontecer neste final de semana entre todos os que detém mandato e as principais lideranças do partido para evitar que haja uma rejeição logo nos primeiros dias do governo Silval Barbosa, o segundo do PMDB, já que Mato Grosso foi governado entre 1987 a 1990 por Carlos Bezerra e Edison de Freitas.
A cúpula peemdebista evitou que os atritos chegassem ao Palácio Paiaguás e instalassem uma crise partidária que colocaria em xeque a identidade do governo do Estado e o seu comprometimento muito mais com o senador Blairo Maggi e o PR do que com o próprio partido o PMDB.