Integrante do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o promotor Roberto Carlos Zarour, confirmou que as novas investigações abertas para apurar o esquema de corrupção na Secretaria de Estado de Educação (Seduc) se deve a documentação entregue pelo empresário Ricardo Sguarezi, no dia 29 de novembro, à juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda.
Nesta data, Sguarezi, proprietário da Aroeira Construções e da empresa Relumat, entregou cheques e outros documentos que indicariam pagamento de propina ao ex-assessor especial, Fábio Frigeri, para receber pelos serviços prestados à Secretaria de Estado de Educação.
“São desdobramentos da operação Rêmora e indicam praticas de corrupção na Secretaria de Educação com base na documentação apresentada pelo Ricardo Sguarezi no dia da audiência. Houve compartilhamento de provas e o Gaeco analisa quem participou da suspeita de corrupção”.
Diante disso, não está descartada a possibilidade de serem deflagradas novas fases da operação policial que já atingiu até aqui três etapas. “Não podemos descartar novos indiciamentos e a propositura de novas ações penais. Isso depende muito do transcorrer da investigação”.
Por conta das novas investigações, o empresário Ricardo Sguarezi prestou depoimento aos promotores de Justiça no dia 25 de janeiro. Na ocasião, confessou que pagou propinas que somam R$ 236 mil para receber R$ 3,1 milhões por serviços prestados em razão de suas empresas manterem contrato com a Secretaria de Educação.
Outros que já prestaram depoimento foram o ex-secretário de Educação, Permínio Pinto (PSDB) e o seu ex-assessor especial Fábio Frigeri. Também já compareceu o empresário Alan Malouf. No dia 8 de fevereiro, está marcado o depoimento do empresário Giovani Guizardi.