“A realidade educacional apresenta uma grande ruptura entre o que se ensina, na busca pelo curso superior, e o que é enfrentado pelos alunos, que em um percentual mínimo, consegue alcançar esse referido e distante ensino”. A afirmação é do deputado estadual Sebastião Rezende (PR), durante a apresentação de um projeto de lei que inclui no currículo escolar, as matérias de Direito e Política, na rede pública de ensino. De acordo com o parlamentar, a matéria contribuiu com medidas contidas na lei de diretrizes e bases da educação, que ao mencionar em suas diretrizes, garante o acesso ao conhecimento e exercício da cidadania.
Segundo Rezende, a lei prevê também que a preparação básica deve servir de alicerce para a formação de todos os cidadãos em fase escolar. “O intuito é informar que antes o aluno deve ser um cidadão em seus direitos e deveres”, afirmou o deputado, que teve a proposta já aprovada em primeira votação, na última semana.
Rezende disse que o estudo dos princípios gerais do Direito, com a demonstração da existência de uma base legal fundamentada na solidariedade e respeito ao direito alheio, certamente contribuirá para uma conscientização cidadã e política. “Lógico, o cidadão passa a ter mais informações e conhecimentos dos seus direitos e deveres”, justificou.
Para o deputado, a alienação e apatia em relação à preservação e manutenção da saúde, do patrimônio público, da história do povo, dos direitos individuais, dos direitos individuais na qualidade de consumidores têm instituído diversos problemas de plano na juventude.
Outra vertente da problematização referente ao projeto de Sebastião Resende diz respeito à inércia e imobilidade da população em relação aos deveres atribuídos ao cidadão. “Situação causada em sua esmagadora e expressiva razão, pelo desconhecimento”, observou o parlamentar.
Resende afirmou que, com a ótica em questão, seu projeto prioriza melhorias no sistema educacional do Estado afastando a realidade do ensino e da educação dos jovens. “ A inclusão da disciplina será um dos métodos de semear dentro dos lares, uma outra e atual visão do exercício pleno da cidadania”, disse.