O projeto permutando o prédio da Câmara de Sorriso com o Judiciário será votado hoje à noite pelos vereadores sorrisenses, em sessão ordinária do legislativo. São necessários dois terços dos votos (pelo menos 6 dos 9 vereadores) para o projeto ser aprovado. A permuta vem sendo discutida desde o início do ano, o presidente do Tribunal de Justiça vistoriou e aprovou o prédio, houve audiência pública com lideranças em maio e o projeto divide opiniões. Na prática a permuta seria feita desta forma: O prédio da câmara ficaria para o Judiciário e seria o novo fórum. O terreno do Judiciário -destinado para construir o fórum- seria repassado para a prefeitura que iria construir uma nova câmara municipal.
Os vereadores de situação e a prefeitura argumentam que haveria uma economia significativa para os cofres públicos com a permuta. O terreno do Judiciário (bairro Recanto dos Pássaros) é avaliado em R$ 500 mil. A prefeitura deixaria de bancar cerca de R$ 2,5 milhões para construir o fórum. Para construir uma nova câmara seriam gastos cerca de R$ 1,2 mil. Outro argumento o fórum sendo construído neste terreno ficaria distante de onde está localizado hoje o Executivo e Legislativo.
O presidente da câmara, Santinho Salerno (PSDB), confirmou hoje que há resistências por parte de alguns vereadores. “Há vereadores de oposição contrários ao projeto. Sou favorável a essa permuta. Tivemos um bom tempo para analisar, fizemos audiência pública (maio) com setores da sociedade e boa parte concorda com esta solução que está sendo proposta”, afirmou.
O vereador Wanderlei Paulo (PMDB) é contrário. Disse que o “projeto original não explica uma economia de R$ 2,6 milhões e ele está direcionado a atender os interesses da administração de tentar convencer a população que existe esta economia para que
seja cumprido compromisso que não é do município e sim do prefeito. O Judiciário tem orçamento de R$ 360 milhões e a prefeitura não pode bancar sozinha a construção do fórum”, cobra Vanderlei. “Hoje, em cima da hora, que eles estão nos enviando um relatório de avaliação dos imóveis que são objetos da permuta”, acrescentou.