Deve ser votado ainda na sessão de hoje, pelos deputados estaduais, os projetos de lei que definem a reestruturação dos quadros de efetivos dos oficiais e praças e da mensagem que fixa o subsídio dos oficiais da Policia Militar e do Corpo de Bombeiros.
Na semana passada, o deputado Maksuês Leite (PP) pediu vistas dos três projetos de lei. As propostas já estão à disposição da Mesa Diretora, que pode colocá-las em votação ainda hoje.
De acordo com o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, deputado José Carlos do Pátio (PMDB), a votação vai depender de um entendimento entre a bancada do governo e as duas categorias – Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. “Não acredito que os oficiais vão defender apenas os projetos que lhes interessam e não vão defender os salários dos praças. O caminho correto é a busca do entendimento entre todos”, disse Pátio.
O parlamentar descartou a possibilidade de estar havendo um racha entre os parlamentares para a votação das três mensagens. “A votação das matérias tem que garantir os direitos dos trabalhadores. Os projetos garantem melhorias às categorias, o que não pode são as propostas serem votadas da forma como estão”, disse.
A posição da Assembléia Legislativa, de acordo com Zé Carlos do Pátio, é de poupar o governo. “Onde já se viu propor uma reposição salarial, apenas, para os oficiais e não dar os mesmos benefícios aos praças. Por isso, a busca do entendimento é o melhor caminho”, observou. “Sugiro que os projetos fiquem parados nas comissões esperando entendimento. Tenho certeza que Blairo Maggi faz um governo aberto e democrático. O entendimento final será de acatamento das emendas”, complementou Pátio.
Questionado se as propostas serão votadas após o retorno do governador Blairo Maggi (PR), em viagem aos Estados Unidos, Pátio disse que o governador em exercício – Silval Barbosa – vem administrando o estado com muita eficiência. “Ele (vice-governador) tem competência para dirigir o processo. Temos que acabar com a queda de braço dentro da Assembléia Legislativa e o Executivo”, observou Pátio.
De acordo com Pátio, os projetos podem, até, ser aprovados sem as emendas, mas “haverá um desgaste e constrangimento muito forte dentro do processo político da Assembléia Legislativa”, declarou o parlamentar.