A reestruturação e ampliação da malha aeroportuária do Estado receberá um investimento da ordem de R$ 56,4 milhões através das ações do programa Mais MT no eixo Infraestrutura. Os recursos serão destinados pelo Governo do Estado para a execução de obras e projetos até 2022, como parte do maior programa de investimento da história de Mato Grosso. O objetivo é melhorar a infraestrutura dos aeroportos, a fim de proporcionar o desenvolvimento da aviação regional e sub-regional de Mato Grosso e, por consequência, atrair novas empresas aéreas e mais rotas conectando Mato Grosso a outras capitais brasileiras. De acordo com a superintendente de Desenvolvimento de Modais da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística, Maksaíla Campos, serão destinados recursos para as mais diversas ações de melhorias nos aeroportos e aeródromos públicos existentes em Mato Grosso.
Atualmente existem 11 aeroportos estaduais, 23 sob gestão dos municípios e quatro concedidos à iniciativa privada – e estão previstos investimentos em obras e projetos de pavimentação, de restauração do pavimento, de construção de cercas operacionais, construção de terminais de passageiros, implantação de balizamentos e auxílios à navegação área, por exemplo. “Todo o programa de investimento foi pensado para que, além da execução da obra, possamos proporcionar o desenvolvimento dos aeródromos no longo prazo. Em paralelo à elaboração dos projetos de engenharia será realizado um diagnóstico de viabilidade para dar personalidade a cada aeródromo, de acordo com sua região econômica”, explicou.
Um exemplo de aeródromos que vai receber investimentos está localizado no município de Canarana, onde está prevista uma obra de pavimentação da pista de pousos e decolagens. Desde o convênio firmado para exploração do aeródromo, em 2014, a pista não possui pavimento. Assim como este, outros aeródromos se encontram na mesma situação.
Para o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística Marcelo de Oliveira, o investimento em infraestrutura aeroportuária vai fomentar o desenvolvimento de todas as regiões do Estado, visto que o programa contempla a totalidade de aeroportos outorgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em Mato Grosso. “Investir em aeroportos e aeródromos é pensar em logística de forma estratégica. Ao mesmo tempo em que você beneficia a população em seu ir e vir, os municípios passam a ser atendidos por transporte de UTIs aéreas e aeronaves da polícia, sem falar no desenvolvimento do turismo com voos comerciais, por exemplo. O avião atrai pessoas e diminui distâncias, principalmente num estado com dimensões continentais como é Mato Grosso”, disse.
Ainda segundo o secretário, o programa vai levar aos municípios mais do que investimentos públicos em melhorias. Vai proporcionar o crescimento econômico das cidades, pois diminuirá as barreiras logísticas para empresas regionais, nacionais e até internacionais que desejam investir em Mato Grosso, considerado um Estado com destaque na agropecuária, no setor industrial, de comércio e o turismo. “A tendência dos municípios é receber investimentos. O Estado precisa de pistas de pousos e aeródromos para receber os empresários que se interessam por Mato Grosso e que querem investir aqui. É preciso ter uma infraestrutura mínima aeroportuária para que isso aconteça, para que o Estado cresça”, afirmou.
Além de melhoria aeroportuária, o Mais MT prevê investimento total de R$ 4,73 bilhões nas ações de infraestrutura. O valor representa 50% do total de recursos do programa e serão destinados para obras de 2,4 mil quilômetros de asfalto novo, restauração de 3 mil quilômetros de asfalto, cinco mil pontes, iluminação para as cidades, entre outros projetos.
O Mais MT é o maior programa de investimentos da história de Mato Grosso e vai investir R$ 9,5 bilhões em quatro anos. O programa está dividido em 12 eixos estruturantes, que atendem as áreas: Segurança; Saúde; Educação; Social e Habitação; Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda; Infraestrutura; Turismo; Cultura, Esporte e Lazer; Simplifica MT; Eficiência Pública; Meio Ambiente; Agricultura Familiar e Regularização Fundiária.