Professores de 57 instituições de ensino, entre universidades federais e Centro Tecnológicos de todo o país, parados há 86 dias, querem 18% de aumento e igualdade nos salários dos ativos e aposentados. O governo ofereceu metade do reajuste pretendido e em forma de percentual sobre o incentivo de titulação. Isso representa, por exemplo, R$ 70,00 para professores mestres em Mato Grosso, como é o caso de Juliana Ghesolfi professora de Sociologia e Ciências Políticas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Ela e os demais membros do Comando de greve no estado visitaram a Assembléia Legislativa durante sessão vespertina de ontem para solicitar apoio dos parlamentares na busca de uma negociação com o governo. Foram recebidos pelo presidente da Comissão de Educação, Cultura, Desporto e Seguridade Social, deputado Humberto Bosaipo (PFL). O parlamentar protocolou apoio e disse que vai levar aos deputados federais e senadores mato-grossenses as reivindicações da categoria.
De acordo com o comando de greve, seguindo uma orientação do comando geral em Brasília, em todo o país os professores buscam a interferência de parlamentares na tentativa de abertura de negociação com o governo.
A proposta do Mec de reajuste de reajuste de 50% já sobre a titulação já foi rejeitada três vezes pelos professores brasileiros. Eles fizeram protesto na manhã desta quarta-feira em frente ao Ministério da Educação em Brasília.
Sobre o vestibular o Comando de greve alerta que não deve receber interferência já que em Mato Grosso ele é terceirizado.
Trinta e oito das 52 universidades federais e 18 dos 33 Centros de Educação Tecnológica em todo o país estão em greve. São três meses sem aula. O diálogo entre professores, servidores e governo foi suspenso e o Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior admite a possibilidade da parda do semestre já que as aulas só seriam retomadas em janeiro mesmo se houver um acordo ainda este ano.