O procurador de Justiça Mauro Viveiros requereu cópias de documentos para emitir o parecer à respeito do pedido de suspeição da ex-primeira-dama do Estado e ex-secretária de Assistência Social, Roseli Barbosa, sob a juíza da ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda. O teor não foi divulgado, mas é questionada a imparcialidade da magistrada, que decretou a prisão de Roseli na operação Ouro de Tolo, em agosto do ano passado, sob acusação de desvios na pasta em R$ 8 milhões.
Só Notícias apurou que o processo já foi encaminhado com o pedido, ao gabinete do relator, desembargador Rondon Filho, da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça e está concluso para decisão. Contudo, não há prazo para que ela seja emitida. Argumentações anteriores da defesa de Roseli apontaram que a magistrada supostamente teria “extrapolado” os limites da função e até colhidos provas pessoalmente durante a fase de investigação. Mas outros pedidos de suspeição já foram negados.
Roseli ficou mais de uma semana presa e ganhou a liberdade após conseguir uma decisão favorável no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ela é acusada de ser a mentora e chefe de uma quadrilha que desviou os recursos da secretaria por supostas fraudes em contratos com empresas e institutos de fachada que assinavam contrato para ministrar cursos de “qualificação profissional”.