O procurador regional eleitoral, Thiago Lemos de Andrade, também pediu a cassação do diploma do deputado estadual Gilmar Fabris, que ficou com a primeira suplência do DEM na Legislatura 2011/2014. Ele é acusado de arrecadação e gastos ilegais na campanha, conforme representação divulgada ontem.
Segundo a assessoria da Procuradoria Regional Eleitoral, Fabris arrecadou R$ 400 mil em conta corrente oficial, mas os gastos foram pagos em espécie, o que é ilegal. Com a representação, o democrata corre risco de não assumir a tão desejada vaga na Assembleia Legislativa que será aberta se o deputado reeleito José Domingos for nomeado secretário de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar.
De acordo com a Procuradoria, para que a Justiça tenha a possibilidade de averiguar se as despesas foram pagas com a arrecadação declarada e para que seja possível conferir se houve arrecadação paralela, a Legislação determina que as despesas de campanha devem ser pagas com cheque nominal ou transferência bancária de uma conta aberta especificamente para a campanha eleitoral.
Na representação, o procurador Thiago Lemos de Andrade afirma que o democrata ofendeu a lisura e a transparência das campanhas eleitorais ao administrar todos os recursos em dinheiro. O procurador também ressaltou que entendimentos anteriores enfatizam que o uso do cheque irregular jamais pode servir de burla às Leis Eleitorais.
Outro lado – Fabris não retornou as ligações de A Gazeta para comentar o assunto até o fechamento desta edição, por volta das 20h.