Começa a ganhar corpo a tese defendida de que operadores do Direito (juízes, desembargadores, procuradores, promotores, defensores públicos) devem procurar ingressar na esfera política para ocuparem espaços, principalmente nos Legislativos Federal e Estadual para implementar a mudança de leis que na maioria das vezes são feitas pelos políticos profissionais visando apenas e tão somente o benefício próprio. Uma das maiores críticas do setor aos políticos é o fato do foro privilegiado, que é condenado pelo Ministério Público em todas as suas esferas.
Depois do procurador da República, Pedro Taques admitir que sairá candidato a uma das duas vagas para o Senado da República, agora é a vez do procurador de Justiça, Paulo Prado, sinalizar que poderá seguir o mesmo caminho do seu colega em nível federal. Prado que é ex-procurador geral e um dos nomes de maior peso do Ministério Público, é cotado ainda para ocupar a partir de 2010 uma vaga no Tribunal de Justiça, com a aposentadoria do desembargador indicado pelo quinto constitucional do Ministério Público, Leônidas Duarte Monteiro que completa 70 anos e é automaticamente remetido a aposentadoria compulsória.
Prado evita tocar no assunto, até porque, pela legislação ele está legalmente impedido de participar de partidos políticos, mas pessoas próximas sugerem o nome dele como um possível senador ou mesmo deputado federal, seguindo os passos do também ex-procurador e hoje senador por Goiás, Demóstenes Torres (DEM), um dos mais combativos membros do Congresso Nacional.
Outro nome que aparece com bastante frequência é o do juiz federal, Julier Sebastião que sempre se manifesta favorável a uma participação política, como forma de ocupar espaços e garantir como legislador as mudanças que a legislação precisa e estão incompatíveis com a realidade da Nação.