O procurador-geral de justiça, Marcelo Ferra, disse que ainda não analisou o ofício elaborado por cinco promotores no qual pede investigação sobre a possível participação do ex-governador e senador eleito, Blairo Maggi (PR), no escândalo dos maquinários. Ferra tem o prazo de 30 dias para fazer a análise do caso e dar uma resposta positiva ou negativa sobre o assunto.
O ofício foi encaminhado ao procurador no dia 16 de novembro, mas ele alega teve acesso ao documento somente no dia 29 de novembro, pois estava de em seu período de recesso. O procurador-geral justificou que ainda não verificou a questão do ex-governador por já estar analisando as duas ações civis públicas contra os ex-secretários de Infraestrutura e Administração, Vilceu Marchetti e Geraldo de Vitto, respectivamente, segundo o Diário de Cuiabá.
O pedido de investigação contra Maggi é defendido pelos promotores da 11ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa: Gilberto Gomes, Célio Fúrio, Clóvis de Almeida Júnior, Gustavo Dantas Ferraz e Mauro Zaque. O caso causou um “rombo” de R$ 44 milhões na compra dos equipamentos do programa “MT 100% Equipado”.
Conforme Só Notícias já informou, Marcelo Ferra é o único que pode iniciar investigação através de procedimento preparatório para apresentação de ação civil por ato de improbidade administrativa. Depois disso, ele pode também delegar a investigação aos promotores da área. O pedido foi criticado pela defesa do ex-governador, que alega que os promotores já sabiam dos depoimentos e, por isso, deveriam ter remetido o caso ao procurador-geral em junho e não investigado nada depois disso.