A pressão do governo pode fazer parlamentares da Comissão Mista de Orçamento do Congresso liberarem as obras que o Tribunal de Contas da União aponta indícios de irregularidades graves e torná-las aptas a receberem recursos orçamentários para o próximo ano. Das 54 que podem ser atingidas, 22 são do Programa de Aceleração do Crescimento).
Em Brasília, membros do comitê responsável já acenam para a possibilidade de retirar as obras da lista de irregularidades. “Os técnicos do TCU são mais detalhistas. Nós somos agentes políticos, queremos ver o resultado final do produto”, disse o deputado Wellington Fagundes (PR), coordenador do grupo, em entrevista à Agencia Folha.
O diretor do DNIT, Luiz Antonio Pagot, é um dos que pressionam o Congresso e tenta garantir recursos para, pelo menos, 16 obras.
“Tem muitas obras que são paralisadas por questionamentos sobre 8% ou 12% do valor da obra, são questões pequenas perante o global da obra. Defendo que se permita a continuidade de algumas obras mediante as empresas apresentarem seguro, uma caução de que as irregularidades serão sanadas”, disse também.