Equipes de Polícia Civil prenderam, hoje, o suspeito de intimidação contra a juíza eleitoral Emanuelle Navarro Mano. Ele acabou abordando a magistrada , ontem, em uma rotatória entre as avenidas Blumenau e Mário Raiter. Imagens de sistemas de monitoramento da via é possível ver o momento em que o homem “fecha”, com caminhonete, o carro onde estava a magistrada. Em seguida, vai até o veículo e passa a intimidar a juíza e chega a abrir a porta do carro dela. O acusado faria parte de uma campanha e, ao que tudo indica, quando soube que era magistrada ele volta para seu veículo e sai. Seu nome e idade não foram informados. Ele estaria colocando bandeiras de um candidato em área pública e a magistrada viu o ato.
Conforme o delegado Bruno França, “suspendemos todas as atividades e iniciamos uma busca para tentar prender o suspeito. A gente manteve em sigilo ontem, até para aumentar a chance de sucesso da diligência, todavia na manhã de hoje tornou-se público o caso, ganhou uma proporção grande e a Polícia Civil manteve os esforços de todas as equipes.”
“Eu e o doutor Paulo estávamos juntos nessa busca e acabou tendo um resultado, o suspeito viu a proporção que estava tomando a gravidade da situação, entrou em contato com a Polícia Civil pedindo para se entregar. Comunicamos que ele seria preso mesmo se entregando, ele aceitou os termos e ele se dirigiu até a delegacia de polícia, chegando aqui, recebeu o voz de prisão e foi entregue ao delegado João Lucas Vanik, que é o delegado plantonista que vai tocar o procedimento.”
O suspeito ainda teria se pronunciado através das redes sociais sobre a ação tomada contra a juíza. Segundo Bruno França, a investigação não “dá tanta importância assim para essas declarações unilaterais que são colocadas em rede social, porque importa para a gente as declarações que ele traz para os autos. Então ele vai ser interrogado agora pelo Vanik, ter seus direitos constitucionais lidos e aí o que ele disser no interrogatório aí sim pode ser levado em conta como uma fonte de prova, um exercício de defesa para que a autoridade policial tome a sua decisão.”
A 17ª subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) criticou em nota que “o ato, além de atentatório à dignidade da justiça, caracteriza ofensa à própria democracia e deve ser objeto de acurada e enérgica investigação e que o(s) responsável(is) seja(m) devidamente identificado(s) e levado(s) à justiça e que lamentável episódio não interfira na lisura do pleito eleitoral do próximo domingo.”
“A OAB Sorriso reforça a confiança nos trabalhos desempenhados pela magistrada e todo o corpo técnico da 43ª Zona Eleitoral, e continua comprometida no acompanhamento das eleições para que prevaleça, nas urnas, a verdadeira vontade do eleitorado.”