O presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf (PSDB), defendeu as manifestações pluripartidárias a favor do impeachment da presidente da República Dilma Rousseff (PT). Ele participou, ontem, de reunião promovida pelo setor produtivo, industrial e empresarial de Mato Grosso para discutir o impeachment e sugeriu um dia de paralisação dos trabalhadores do campo em apoio à saída da petista do cargo.
De acordo com Maluf, a permanência de Dilma na presidência está insustentável em função da crise política e econômica. Também afirmou que apóia o ato do setor produtivo e que mobilizará suas bases eleitorais para participar de novas manifestações que serão realizadas, juntamente com o convite aos demais parlamentares.
“Já fui para as ruas e manifestei ser favorável ao impeachment. Não posso enquanto presidente da Assembleia, buscar a mobilização do parlamento, pois temos deputados do PT e do PMDB e não seria ético da minha parte colocar a instituição neste processo, apesar de saber que 90% da bancada estadual está favorável. Porém, enquanto cidadão, vou procurar me articular junto as minhas bases e convidar outros deputados para que façam o mesmo, e que participem das manifestações pró-impeachment”, afirmou Maluf.
O deputado lembrou que o setor produtivo é um dos últimos a serem afetados pela crise econômica e política devido à enorme contribuição do setor para a balança comercial brasileira. Como o cenário nacional é preocupante, com expectativa para recessão e desempregos, sugere mobilizações deste segmento que mais contribui com o país.
“O agronegócio é o último dos eldorados desse desfacelamento que o nosso país vive. A crise vai chegar ainda mais forte, e a minha sugestão é que os lideres deste segmento organizem um dia de paralisação no campo, além da cobrança sobre os parlamentares que nos representam no Congresso Nacional. A mobilização é a única força para a mudança deste governo que está aí”, argumentou o presidente da Assembleia Legislativa.
Para Maluf, a única forma do país retomar os rumos do crescimento será com a renúncia ou impeachment da presidente Dilma. “Não vejo outra forma, precisamos ter uma nova direção política, nosso país vive uma crise sem precedente e a única saída é ter outro presidente”, avaliou o deputado.
O encontro promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária (Famato), contou com a participação da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Indústria (Fiemt), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), das associações de produtores de Algodão (Ampa), de Soja e Milho (Aprosoja), de Sementes (Aprosmat) e dos Criadores (Acrimat), além do senador José Medeiros e Dilmar Dal Bosco (DEM).
Os presentes discutiram a realização de ato em favor ao impeachment e cobraram melhorias para a economia do Estado, que em 2015 fechou 14.570 vagas de empregos formais.
O presidente da Famato, Rui Prado, lembrou que as instituições não suportam mais a situação econômica do país e por isso são pró-impeachment. “A classe empresarial está unida e não concorda com os desmandos instalados no Brasil”, afirmou.
Já o presidente da Aprosoja, Endrigo Dalcin, lembrou que a ‘gota d´agua’ do setor foi a nomeação na semana passada do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil.
“Nós da Aprosoja nos manifestamos imediatamente porque nosso setor está sendo afetado, os custos subiram muito e vai começar o desemprego no campo. Trata-se de um setor que vem dado superávit, no ano passado crescemos 1,8% e como instituição, defendemos a substituição por impeachment ou pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com a cassação da chapa”, disse o presidente da entidade que também defendeu a assinatura de um documento formal endereçado a bancada federal de Mato Grosso em defesa do impeachment.
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Presidentes da Assembleia, Aprosoja e Famato debatem mobilização pró-impeachment em MT
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