Presidente regional do PT, Ságuas Moraes disse que o partido não trabalha com a hipótese de entregar os cargos da legenda lotados no staff estadual. A declaração do dirigente partidário foi um claro recado para o vereador Lúdio Cabral, do mesmo partido, que sugeriu a possibilidade de o PT abrir mão do quadro de indicados na gestão de Mato Grosso, durante reunião da sigla, na Capital, no último fim de semana.
A proposta de Lúdio soa como enfrentamento interno decorrente das ações a cargo da Comissão de Ética, que analisa representações por infidelidade partidária – uma delas contra o parlamentar que pode culminar na expulsão de membros do partido. Conforme calendário da comissão, o vereador deve apresentar sua defesa no dia 27 deste mês, às 9h, na sede do partido, na Capital.
"Não recebemos na direção estadual essa proposta, mas quando chegar acho que não tem a menor possibilidade. O partido participou das ações no período de campanha num trabalho realizado em aliança no Estado em torno da eleição da presidente Dilma. Então a composição do partido no governo faz parte de um trabalho anterior", ponderou.
Entre os principais membros acusados de infidelidade partidária estão a senadora Serys Marli e a ex-deputada estadual Vera Araújo, além de outros. Eles respondem no partido por suposta realização de campanha contrária ao projeto majoritário – que tentava eleger o então deputado federal Carlos Abicalil para o Senado.