O deputado estadual Elizeu Nascimento (PSL), que preside a Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga possível abuso na tarifa praticada pela concessionária de energia elétrica em Mato Grosso, disse que não tem previsão para o retorno das oitivas da CPI da Energisa e que a preferência é para o trabalho presencial. Por enquanto, explicou ao Só Notícias, a contagem do prazo para conclusão dos trabalhos está suspensa e a equipe técnica trabalha na elaboração de relatórios e na análise de documentos e de denúncias recebidas.
Mesmo com a possibilidade de fazer reuniões remotas, a opção da Comissão é por fazer as oitivas presencialmente, para, segundo Elizeu, ter condições de contestar informações e obter melhor resultado para a CPI. Já foram ouvidos Procon, Sindicatos e Ager. O próximo passo é ouvir a Energisa, com diretores e equipe técnica.
“Falta ouvir, praticamente, os principais envolvidos, que seria a equipe técnica da Energisa. Mas não vamos chamá-los agora porque não vão querer vir presencialmente, vão querer falar por aplicativo, munidos de advogados orientando o que falar e o que não falar. E assim não funciona para nós, é melhor nos colocarmos tête-à-tête”, justificou o deputado.
Com o prazo de entrega do relatório final suspenso, Elizeu não tem pressa em terminar os trabalhos e não vê necessidade de acelerar os depoimentos, sob pena de prejudicar a qualidade das investigações.
“Nós estávamos pensando em voltar com o trabalho presencial quando reduziram os números de contaminação da Covid-19, mas os índices subiram de novo, a terceira onda chegou e as UTIs estão lotadas, então não temos como retornar. É melhor fazermos um trem bem feito, de forma presencial, do que acelerarmos e fazermos algo meia-boca”, concluiu.