O presidente eleito do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, o desembargador Orlando de Almeida Perri, afirmou, esta tarde, que a partir de segunda-feira já começa a ser delineado o planejamento estratégico que norteará a sua gestão até 2015. Ele afirmou que o perfil de sua gestão será voltado para o primeiro grau de jurisdição, em especial para a prestação jurisdicional nas grandes comarcas como Cuiabá e Várzea Grande. Ressalta, entretanto, que também voltará atenções para as comarcas menores e mais longínquas, que têm dificuldade de atender à demanda por conta da falta de servidores.
Uma de suas maiores preocupações externadas foi com os juizados especiais, que atualmente têm uma demanda muito grande e por isso encontram-se abarrotados. “A procura pelos juizados especiais é tanta que hoje se demora meses para conseguir marcar uma audiência. No fórum da capital, há demora até para fazer juntada de documentos. Nós temos consciência que esses problemas são estruturais e ocorrem pela falta de servidores. Para isso, vamos trabalhar com os governantes para melhorar essa condição. Nós sabemos de comarca no interior do Estado que tem um servidor concursado. Sabemos de comarcas que têm apenas dois. A Justiça não pode continuar trabalhando dessa forma”, declarou o desembargador Orlando Perri. Ele afirmou ainda que, nesse sentido, os juízos leigos são figuras importantes e vão ajudar bastante.
Perri afirmou ter conhecimento que o desembargador Rubens de Oliveira Santos Filho, tem feito tudo que pode para melhorar a situação e pretende dar continuidade a muitas ações iniciadas na gestão 2011/13. Como exemplos, citou o avanço tecnológico que permitiu a implantação do Processo Judicial Eletrônico (PJE) e também o peticionamento eletrônico. “Nós estamos em uma fase de transição no Judiciário mato-grossense e passando do processo físico para o digital. Hoje estamos todos, servidores e magistrados, mais preparados para implantar tecnologias como o PJE e o peticionamento eletrônico em todas as comarcas. Não acredito que possamos fazer isso em apenas dois anos. Serão necessárias várias gestões para alcançarmos essa meta, mas vamos continuar esse trabalho iniciado pelo presidente Rubens de Oliveira”, apontou o eleito.
Em relação aos servidores e magistrados, o desembargador afirmou que vai dedicar especial atenção. “Servidores e magistrados também são prioridade. Vamos trabalhar o Sistema de Desenvolvimento de Carreiras e Remuneração (SDCR). Urgentemente temos que rever essa previdência deficitária, a progressão de carreiras também deve ser tabelada. Mas antes tenho que conhecer como está o orçamento para gastos com servidores, pois sei que é acanhado, mas também sei que está faltando servidores e magistrados, e para prover cargos precisamos de concursos”, pontuou Orlando Perri. Outro ponto que o presidente eleito considera importante é o apoio ao desenvolvimento no estudo de servidores e magistrados. Para tanto, afirma que vai dar total apoio à Escola Superior da Magistratura e à Escola dos Servidores.
Quanto à Corte, o desembargador assinalou que pretende manter o ambiente de harmonia que hoje existe no Sodalício, e vai buscar dar continuidade à gestão tranqüila que vem sendo desenvolvida pelo atual presidente. Dessa forma, agradeceu aos pares pelos votos de confiança depositados nele para que conduza a Instituição pelos próximos dois anos.
Conforme Só Notícias já informou, além de Perri, na presidência, Márcio Vidal e Sebastião de Moraes Filho serão o vice-presidente e o corregedor-geral da Justiça, respectivamente. A votação realizada em sessão aberta, com votação por meio de voto secreto, foi realizada, esta tarde. Os novos gestores assumem seus cargos para o biênio 2013/2015.
De acordo com informações da assessoria, os três desembargadores assumirão os cargos preferencialmente em sessão solene a ser realizada no primeiro dia útil do mês de março de 2013, prestando o compromisso de desempenhar com honra e dignidade as funções para as quais foram eleitos, zelando pelos interesses da instituição, cumprindo e fazendo cumprir a Constituição Federal e as leis vigentes.