Um dos primeiros atos do novo presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Max Russi (PSB), eleito ontem em votação extemporânea determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), será o fechamento da Casa, por tempo ainda não informado, a partir de quinta-feira (25). A decisão é motivada por uma recomendação da Comissão de Saúde do parlamento estadual, presidida pelo deputado e médico Doutor Eugênio, que detectou um novo surto de Covid-19 entre servidores e parlamentares.
A decisão foi confirmada ontem logo após a confirmação da eleição de Russi e a decisão, informou o novo presidente, foi praticamente unânime entre os deputados. “O desafio deste momento é a pandemia. Agora a Assembleia vai ficar alguns dias fechada até diminuir isso aí [casos de contaminação entre servidores] e fazer a questão da saúde dentro da Assembleia para termos menos casos de funcionários nossos com a Covid”, declarou.
A Assembleia não divulga os números, mas calcula-se que além do deputado Valmir Moretto (Republicanos) aproximadamente 30 servidores estejam reinfectados com o vírus. Entre os parlamentares, 14 já sofreram com a doença e o caso mais grave é de Valdir Barranco (PT), que está internado numa UTI de um hospital em São Paulo.
Mesmo com restrições e, oficialmente, fechada no período da tarde, o movimento de pessoas ainda é muito grande nos corredores e gabinetes da Assembleia. São comuns as fotos de reuniões com deputados e visitantes sem o uso de máscara de proteção. Também percebe-se o desrespeito às regras de distanciamento social.
A situação deve piorar antes do fechamento na quinta-feira em razão da eleição da União das Câmaras Municipais de Mato Grosso (UCMMAT), que será realizada em Cuiabá e que atrai muitos vereadores para a Capital. A presença dos vereadores é comum no parlamento estadual.