O desembargador Leônidas Duarte Monteiro, que assumiu ontem a presidência do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), chamou os eleitores à responsabilidade. Para Leônidas, “É ele (eleitor) quem vende o seu voto, que vende a sua consciência, em troca de dinheiro ou de qualquer outro tipo de vantagem, igualmente condenável, contribuindo dessa forma para a indigência moral da atividade política, demitindo-se, ainda, da sua inafastável responsabilidade de participar, pelo voto livre e consciente, da escolha daqueles que, em última análise, determinarão os destinos da sua cidade ou do seu Estado”.
Leônidas não hesitou ao reafirmar o valor do voto. Para ele, “o voto é a grande arma do cidadão. É algo que corporifica, sim, a própria essência da democracia”, e ressaltou que “a mera transformação do eleitor historicamente coagido em eleitor costumeiramente corrompido, longe está de significar qualquer avanço no aperfeiçoamento do processo democrático.”
O novo presidente também dirigiu a palavra aos jovens, conclamando a não se omitirem nas eleições. Leônidas pediu à juventude “não permitir que o eventual desencanto com determinados políticos – ou até mesmo com a própria atividade política – possa levá-los deste desencanto ao absoluto desinteresse pela vida pública.”
Citando dados coletados pelo Tribunal Superior Eleitoral que apontam para o baixo comparecimento dos eleitores jovens nas eleições passadas, Leônidas defendeu que “a divulgação quase diária, pelos meios de comunicação, de denúncias de envolvimento de homens públicos em atos de corrupção, explica o desencanto dos eleitores entre 16 e 18 anos de idade com a política”.