O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Rubens de Oliveira Santos Filho, acredita ser possível a não deflagração da greve no Poder Judiciário de Mato Grosso, prevista para ter início na segunda-feira (3 de outubro). Em entrevista a uma emissora de TV da capital, hoje, o presidente destacou que, se houver bom senso, confiança e respeito mútuo, a greve não ocorrerá.
O presidente reafirmou que o representante da categoria tem acompanhado, desde o início, as discussões sobre o pagamento da URV e observou que ainda que os cálculos sejam econômicos, trata-se de quantia milionária, já que o montante decorre das diferenças salariais derivadas da transição da Unidade Real de Valor (URV) para a moeda real, em 1994, ou seja, há 17 anos.
O presidente destacou que os servidores do Poder Judiciário obtiveram um ganho real de 16,33% em 2010 provenientes de duas horas a mais trabalhadas por dia, e que o aumento não foi retirado, apesar de eles terem voltado a trabalhar seis horas por dia. Este ano, a atual Administração do TJMT concedeu aos servidores recomposição salarial de 6,47%, além de R$ 300 mensais de auxílio-alimentação. “Todas as reivindicações foram atendidas”, garantiu o presidente.
Após quatro meses de paralisação ano passado, o desembargador presidente lembrou que os servidores retomaram as atividades sem obter qualquer benefício. No entanto, a sociedade foi imensamente prejudicada pela greve do Judiciário, o que o presidente considera inaceitável.
Hoje, o presidente se reúne com juízes diretores dos fóruns de todas as comarcas para discutir a forma de enfrentamento à greve, caso ela seja deflagrada. O presidente garantiu que, nesse caso, a lei será cumprida.