O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Mato Grosso (Sindipetróleo), José Fernando Chaparro, e o ex-gerente das factorings de João Arcanjo Ribeiro, Nilson Teixeira, proprietário da rede de postos América, permanecem presos no Anexo I da Penitenciária Pascoal Ramos (Polinter). Eles estão entre os principais envolvidos na cartelização dos combustíveis em Cuiabá e Várzea Grande. Os dois prestaram depoimento aos promotores do Grupo de Atuação de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) durante à tarde e às 19h30 foram reconduzidos à prisão, que completa quatro dias. Chaparro nega as acusações. O advogado dele, Roberto Cavalcanti, disse que o presidente do sindicato está aberto a negociações sobre os preços dos combustíveis, desde que seja feita uma planilha de custos pelo MP, Secretaria de Fazenda e sindicatos representativos do segmento.
Outros dois presos que prestaram depoimentos ontem, o gerente da distribuidora Simarelli, Orisvaldo Jacomini e o funcionário de um posto da mesma bandeira, Paulo Roberto da Costa Passos, também foram encaminhados à Polinter, mas podem ser liberados a qualquer momento em decorrência de um pedido do Ministério Público para a revogação da prisão. A solicitação foi encaminhado à Justiça e cabe ao juiz plantonista deferir ou não o pedido. Os depoimentos coletados ontem na ordem foi de Nilson Teixeira, Orisvaldo Jacomini, José Fernando Chaparro e Paulo Roberto da Costa Passos. O motivo para o pedido de revogação da prisão é que os presos colaboraram com as investigações, assim como aconteceu com os presos soltos anteriormente.
Ainda ontem, o advogado Waldir Cechet também foi liberado, pois na quinta-feira à noite foi expedido um contramandado de prisão que foi deferido pelo juiz somente ontem por volta das 11h. Além de Cechet, dos nove presos no primeiro dia (23) da Operação Madona, outros quatro estão em liberdade: Daniel Locatelli e Gercio Marcelino Mendonça Júnior (soltos no primeiro dia após os depoimentos), Bruno Borges e Marco Roseano da Silva (liberados no segundo dia).
A procuradora de Justiça e coordenadora do Gaeco, Eliana de Sá Maranhão Ayres, afirma que eles podem ser convocados para novos depoimentos. Afirma porém, que a prisão preventiva está praticamente descartada, pois os suspeitos estão colaborando com as investigações, na avaliação dos promotores. Não há definição sobre o pedido de prorrogação da prisão temporária, cujo prazo termina amanhã