Apesar de algumas lideranças da base aliada avaliarem que o diálogo aberto entre a pretensa chapa de oposição e o PR, que até a semana passada participava de reuniões em ambos os grupos para discussão da composição majoritária que disputará o pleito de outubro, teria enfraquecido a legenda republicana, que no início do debate eleitoral era tratada como a “grande noiva” do processo, o presidente do diretório estadual da sigla, deputado federal Wellington Fagundes, acredita que não há qualquer prejuízo aos republic a n o s . “Muito pelo contrário, o PR foi convidado e na democracia é natural ter que conversar”, disse.
Segundo Fagundes, o debate é fundamental até mesmo para a construção de um processo com mais solidez. “Ninguém vai poder cobrar do PR o fato do partido ter sido sectário, que não buscou alternativas, porque nós entendemos que Mato Grosso é um estado em construção”.
Foi justamente o fato do partido compor maciçamente a gestão Silval Barbosa (PMDB), com indicações em secretarias estaduais desde o início do Governo e seus sete parlamentares integrando a base de sustentação do Executivo que causou atrito no grupo de oposição, cuja chapa será encabeçada pelo senador Pedro Taques (PDT) na disputa pelo comando do Palácio Paiaguás.
“Então essa história de oposição só por ser não vale. Nós defendemos a construção porque Mato Grosso com 900 mil quilômetros quadrados, com menos de 3,5 milhões de habitantes, não dá para, de arrogância, dependermos de ninguém. Precisamos do governo federal, de unidade de bancada para trabalhar”, completou Fagundes.
De acordo com ele, as conquistas do Estado devem-se ao fato de que tanto a bancada estadual, quando federal, souberam agir.