Para o presidente regional do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, não existe crise na base de sustentação do governador Silval Barbosa (PMDB). O deputado comentou a saída da liderança do governo, pelo presidente em exercício da Assembleia Legislativa, Romoaldo Junior (PMDB), que alegou falta de respaldo da Casa Civil, sob a figura do secretário Pedro Nadaf, e a indicação do PP de que irá atuar com independência. “Estas coisas são passageiras, não existe crise”.
Os deputados estaduais estão com posicionamento mais contundente no que concerne a gestão de Silval Barbosa, tendo em vista que a maioria dos deputados busca a reeleição em 2014. As cobranças e críticas ao governo demonstram a insatisfação que ecoa nos corredores da Assembleia.
Após a entrega do cargo de líder do governo, pelo deputado Romoaldo Junior, o governador terá árdua tarefa de encontrar novo encarregado de mediar a relação entre os deputados e o governo. Ainda sem definição sobre o novo líder do governo, o PP rompeu com Silval Barbosa e firmou independência no parlamento. A relação com o PP azedou quando o partido pediu a saída do secretário de Estado de Saúde, Mauri Rodrigues de Lima, indicação da própria sigla, o que não foi atendido pelo governador.
Para Bezerra, ambos os casos são isolados e não representam crise, tendo em vista, que o desejo do governador é de que a base governista siga unida para as eleições de 2014.
No entanto, tal tarefa pode ser mais difícil do que o governador acredita, já que em declarações recentes o presidente regional do PR, deputado federal Wellington Fagundes, e o secretário do partido, deputado estadual Emanuel Pinheiro, foram enfáticos ao demonstrar que alianças podem mudar conforme os quadros eleitorais.
Bezerra descarta arrocho das forças políticas na base governista. Sobre candidaturas próprias, lançadas pelos três partidos, PT, PR e PMDB, Bezerra considera que o diálogo será afinado no final do ano. “Estas forças vão estar juntas em 2014. É natural que haja conversações, cada partido possui suas delimitações e predileções, então é natural que haja esta expectativa sobre o pleito, mas até o fim do ano, tudo estará resolvido”, sintetizou.
Sobre o convite do PR ao juiz Julier Sebastião da Silva, que já foi sondado pelo PT e PMDB, Bezerra acredita que o juiz deve passar por todas as forças partidárias, para que caso venha a disputar, o projeto seja fortalecido. “O PMDB não convidou o Julier a se filiar, até porque, deve partir dele a escolha partidária”, ressaltou.
Com relação ao PDT, que possui como candidato virtual ao governo, o senador Pedro Taques, o presidente do PMDB, observa que o partido de Taques aprovou diálogo com demais siglas, inclusive da oposição, já que o PDT tem atuado contundentemente contra a gestão de Silval, mas que oficialmente, ainda não houve diálogo entre as siglas.