Uma aproximação de representantes da bancada estadual do PMDB na Assembleia Legislativa, à base aliada do governo Pedro Taques (PDT), deve necessariamente passar por discussão no partido. O alerta é do presidente do diretório estadual, deputado federal Carlos Bezerra. “Acho que podemos continuar ajudando o Estado, como sempre fizemos. Mas uma possibilidade de aproximação com a base de manutenção do governo do Taques, tem que passar pelo partido”, disparou. Bezerra disse ainda não ser oportuno o momento para um debate nesses termos. “Acho que se alinhar com o governo pode ser ruim para o governo, e para nós da legenda. Temos que manter uma posição partidária, e repito, sempre ajudar o desenvolvimento do Estado. Tudo o que for bom para a população. É nosso dever ajudar, mas isso não significa estar alinhado ao governo”, acentuou o líder peemedebista. Em resposta às críticas da gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Bezerra entende que no momento certo a população irá reconhecer o esforço da administração para assegurar “grandes obras”.
Na avaliação dele, Barbosa não mediu esforços para garantir uma gestão condizente aos anseios da população. O problema seria o entrave da máquina pública com escassez de recursos para investimentos. No Poder Legislativo, o ex-presidente, Romoaldo Júnior (PMDB) e o deputado Baiano Filho, já deram claras sinalizações de que poderão ser aliados do governador Pedro Taques. Romoaldo lembra que tem dificuldades para ser “oposição”, e que andará ao lado das ações que são boas para o Estado. Ele mantém bom relacionamento com membros da Mesa Diretora, o que poderá facilitar o estreitamento de laços em favor das propostas oriundas do Palácio Paiaguás. O mesmo percurso faz Baiano Filho, que em várias oportunidades ressaltou a importância de caminhar com as ações a cargo do governo do Estado. Baiano também fez parte do bloco apoiador da eleição da Mesa Diretora.
Silvano Amaral é o terceiro integrante da bancada do PMDB na Assembleia Legislativa. Bezerra frisou ainda que esse assunto ainda não chegou à direção estadual. E que assim que se for necessário, poderá convocar um reunião da Executiva regional para debater o tema. Na Casa de Leis, Taques deverá contar com respaldo da maioria, considerando ainda outras vias de apoio, como de integrantes da bancada do PR.