O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Guilherme Maluf (PSDB), disse que nenhuma nova CPI será instalada até que pelo menos duas, a CPI das Obras da Copa e da Sonegação Fiscal, que tiveram seus prazos prorrogados, sejam concluídas. A previsão para encerramento é final do mês de maio.
Maluf argumenta que a Assembleia não tem condições de “tocar” cinco Comissões Parlamentares de Inquérito paralelamente, sob risco de que todas as outras atividades do Parlamento sejam comprometidas ou até mesmo paralisadas por conta das comissões.
“Estou no terceiro mandato de deputado estadual e nunca vi a Casa dar andamento em três CPIs, quanto mais em cinco”. Três estavam em andamento desde o ano passado (CPIs da Copa, Sonegação Fiscal e das OSS) e a quarta, do Ministério Público, foi criada no final do ano passado e ainda está sendo instalada, para apurar a emissão de Cartas de Crédito para 47 membros do MPE no governo anterior.
Na semana passada, durante viagem de Guilherme Maluf a Abu Dhabi (Oriente Médio), o primeiro-secretário da Casa, deputado Ondanir Bortolini, o “Nininho”, conseguiu 21 assinaturas para instalação imediata da CPI dos Frigoríficos em Mato Grosso, cujo principal objetivo é investiga a aquisição e paralisação de plantas frigoríficas no Estado, caracterizando a intenção de monopolizar o setor.
“Cada CPI possui cinco membros titulares e cinco suplentes, então, para realização dos trabalhos só dos titulares, são 25 deputados, um a mais do que o atual número de cadeiras no Parlamento, isso é um absurdo, é desproporcional à capacidade de trabalho da Casa”.
Pelo tempo que demandam as investigações, oitivas, reuniões e elaboração de relatórios, de acordo com Maluf, o número exagerado de CPIs pode comprometer até mesmo o desempenho dos parlamentares em plenário. “Vou conversar com os demais parlamentares e colocar esses fatos na mesa. Eu não posso permitir mais a criação de nenhuma comissão”.