O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, voltou a afirmar, esta tarde, que a Casa tem de reagir ao que ele considera ingerência do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o Parlamento devido a decisão de que haverá perda automática dos mandatos dos deputados condenados no processo do mensalão. Os parlamentares afetados são o mato-grossense Pedro Henry (PP), João Paulo Cunha (PT-SP) e Valdemar Costa Neto (PR-SP).
Porém, Maia considerou que houve um avanço em relação à primeira notícia de que haveria perda imediata dos mandatos. Na avaliação dele, o STF recuou para esperar a decisão transitada em julgado e a publicação do acórdão. Segundo o presidente, como isso poderá demorar até seis meses, a Câmara deve se preparar para impedir que o poder de cassação de deputados lhe seja usurpado.
Ele avaliou que não há uma crise entre os Poderes e disse que a decisão final sobre o caso ainda está longe.
Conforme Só Notícias já informou, por 5 votos a 4, o STF decidiu, ontem, pela cassação dos mandatos dos três parlamentares acusados de receberem dinheiro do esquema do mensalão, no governo Lula.