A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sonegação Fiscal descobriu que mais uma empresa de Aldevino Aparecido Bissoli sonegou cerca de R$ 10 milhões em impostos. Com isso, o empresário já teria dado um rombo de aproximadamente R$ 130 milhões no fisco do Estado.
Segundo o presidente da comissão, deputado José Carlos do Pátio, dessa vez, o empresário outra empresa para cometer a fraude milionária, que teria ocorrida entre os anos de 2013 a 2015. O parlamentar também destacou que para integrar o Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic) e ser beneficiada com incentivos fiscais, a empresa se comprometeu em produzir sete produtos. No entanto, descumpriu 90% dos itens do acordo.
“A empresa tinha que produzir feijão, quirera de milho, farelo de milho, fubá de milho, entre outros produtos. Mas, produziu caroço de algodão, ração para gado, soja em grãos e vários outros produtos. Além disso, identificamos que empresa também não cumpriu outras metas do Prodeic”.
Por fim, o deputado lembrou que a CPI deve instaurar um processo para recuperar todo o benefício fiscal sonegado. “Com certeza vamos trabalhar intensamente para recuperar esse dinheiro, que deve voltar aos cofres do Estado”.
Em uma entrevista à imprensa, o presidente da CPI afirmou que o empresário usou outras duas empresas, sendo uma delas a Miragrãos, para sonegar cerca de R$ 120 milhões em impostos. Além disso, o deputado lembrou que há suspeita que outras duas empresas dele, também teriam participado da fraude no Prodeic.
O empresário prestou várias vezes depoimento na CPI. No entanto, na última oitiva, ocorrida no dia 27 de abril, teve que ser conduzido coercitivamente, já que faltou diversas reuniões.