O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Romoaldo Júnior (PMDB), decidiu tomar uma medida extrema ao "cortar o ponto" de 12 colegas que não compareceram à sessão de ontem. "De manhã, a sessão foi perfeita, muito produtiva, votamos diversas matérias. À tarde, fiquei bravo e mandei cortar o ponto de quem não foi. É brincadeira. Tinha deputado que estava na copa, no corredor, no gabinete e eu precisando votar. Estamos a uma semana do recesso e temos que limpar a pauta", justificou o deputado, em entrevista ao MidiaNews.
Dos 24 parlamentares estaduais, 12 foram "punidos". Cada sessão equivale a cerca de R$ 1,2 mil no salário do deputado, que é de R$ 20 mil por mês. "Vou fazer hoje de novo e até o final do ano. A não ser que o deputado tenha uma justificativa para não aparecer. Não é justificável o deputado estar na Casa e não aparecer no plenário".
Romoaldo criticou alguns dos colegas por utilizarem deste artifício (se ausentar da sessão) para atrasar a votação de matérias do interesse do governo do Estado. A medida é uma das estratégias para pressionar o governador Silval Barbosa (PMDB) em relação a assuntos de interesse dos parlamentares como a liberação de emendas.
"Se o deputado está insatisfeito com o Governo, entra na sessão e vota contra o Governo. Mas tem que ir para o plenário, porque a obrigação crucial do deputado é estar no parlamento na ordem do dia, na hora da votação. Ele foi eleito por isso. Não justifica ele estar fora do plenário".