Irritado com a ausência de parlamentares durante a sessão ordinária, o presidente da Assembleia Legislativa, Romoaldo Júnior (PMDB), determinou o corte de ponto de 13 deputados estaduais, ontem pela manhã. A visível insatisfação do peemedebista se dá em um cenário marcado pelo acúmulo de mensagens do governo do Estado, que precisam de aval urgente do Parlamento Estadual para terem o devido andamento.
Matérias como o MT Prev, programa de previdência de Mato Grosso, colocam o Estado sob o risco iminente de inadimplência junto ao governo federal, caso não seja aprovada na primeira quinzena de março. “Esse tipo de atitude, em um momento tão importante para o Estado, só prejudica a própria população. Os deputados tem que exercer seu papel e cumprir suas obrigações, porque essa situação não pode continuar se repetindo como se fosse normal faltar às sessões”, disparou Romoaldo.
Na lista dos presentes estavam os deputados José Riva (PSD); o líder do governo, Hermínio J. Barreto (PR); Zeca Viana (PDT); Luciane Bezerra (PSB), José Domingos (PSD); Emanuel Pinheiro (PR), Pedro Satélite e Airton Português, ambos do PSD; além dos republicanos Wagner Ramos e Neldo Egon.
Romoaldo fez ainda questão de chamar a atenção dos colegas de parlamento, sobre os problemas que poderão ser gerados ao Estado, em decorrência das tradicionais faltas às sessões, comuns em período pré-eleitoral. “Todos nós aqui na Assembleia Legislativa temos compromisso com as bases, nos municípios. Compreendo ainda outros afazeres referentes às atividades, mas peço mais empenho dos nobres parlamentares sobre a necessidade de fazerem parte das sessões, porque tem muitas matérias e projetos que precisam ser votados e para isso, é preciso ter assegurado um quórum mínimo”, acrescentou o presidente.
A cobrança pela presença nas sessões também parte do deputado Riva, que externou sua insatisfação com as “faltas”, ainda no ano passado. Corte de ponto por ausência em sessão, previsto no Regimento Interno (RI), é sinônimo de R$ 1,2 mil a menos no salário de aproximadamente R$ 20 mil. Esse contexto se repete em menos de dois meses. Em dezembro de 2013, Romoaldo determinou o corte de ponto de 12 deputados por faltarem às sessões deliberativas.