O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSB), descartou a possibilidade de usar dinheiro do duodécimo dos Poderes para destinar à saúde do Estado. De acordo com ele, as instituições já sofrem com os atrasos dos repasses uma vez que o governo do Estado deve em torno de R$ 160 milhões referentes aos meses de julho e agosto do ano passado. Só com a Casa de Leis o Executivo tem uma dívida de R$ 80 milhões.
“Os poderes já estão no limite, com o duodécimo atrasado desde o ano passado. E já há uma colaboração em não cobrar essa dívida, pois os Poderes entendem a situação de crise financeira que o Estado está passando, mas não podem participar, nesse momento, com uma ajuda maior”, disse o presidente da Assembleia, em entrevista para a Record TV.
Até o momento o entendimento é de que serão usados recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) para quitar a dívida do Estado na saúde pública que ultrapassa os R$ 162 milhões só do ano de 2017. “Foi uma construção de todos. A coisa funciona assim. É claro que ninguém quer que tire nada dele. O agro quer as estradas, dos municípios também não pode tirar, é assim que é. Mas o momento é emergencial na saúde, é gente que está morrendo e não pode esperar”.
Esta semana o pessebista explicou que cerca de R$ 260 milhões deverão ser retirados do (Fethab), os valores seriam dos recursos destinados aos Poderes e do Agronegócio que ajudaria o Estado a suprir a crise na saúde pelos próximos meses. O governador Pedro Taques (PSDB), no entanto, explica que nada foi definido ainda.