O presidente da Aprosoja em Mato Grosso, Fernando Cadore, defendeu a sustentabilidade da construção da Ferrogrão, que deve ligar o município de Sinop ao Porto de Miritituba, no Pará, e rebateu a ação ajuizada no STF, que paralisou o andamento da implantação da ferrovia, está na relatoria do ministro Alexandre de Moraes e deve ser julgada no próximo dai 31.
“É um absurdo dizer que uma área de menos de 0,2% de toda a reserva, que grande parte são as faixas de domínio da BR-163, vai trazer impacto ambiental. Só os caminhões que deixam de trafegar, que vão andar menos e consumir menos combustível, em substituição ao trem, só aí a gente tem uma redução de dano ambiental na emissão de poluentes”, disse, através da assessoria.
O autor da ação alega que uma área de 866 hectares não poderia ter sido suprimida do Parque Nacional do Jamanxim, no Pará, por meio de medida provisória, que posteriormente foi convertida na lei. Cadore cita que mesmo com uma área pequena, integrantes do governo atual fazem pressão para anular essa supressão de área.
Ele também lembra que a maior parte dessas áreas estão na faixa de domínio da BR-163. “Acho que não se trata de uma questão ideológica, de uma disputa entre direita ou esquerda. O que está em jogo é quem é a favor e quem é contra o Brasil, quem é a favor e quem é contra o desenvolvimento do Brasil, quem é a favor ou quem é contra as pessoas de menor renda ter a oportunidade de se alimentar no futuro”, concluiu.
Na obra, devem ser investidos cerca de R$ 21 bilhões em 933 km de trilhos. O prazo para conclusão é de 9 anos após o início dos trabalhos e a expectativa é que logo no primeiro ano de operação, a ferrovia transporte 19,2 milhões de toneladas, chegando a sua capacidade máxima após 30 anos, quando poderá transportar mais de 50 milhões de toneladas por ano.
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