O prefeito de Sorriso, Dilceu Rossato, decretou paralisação da prefeitura de hoje até sexta-feira, em apoio a manifestação dos agricultores. A principal base da economia de Sorriso é o setor agrícola e, em um ano, as projeções de queda na arrecadação de impostos, decorrente da crise na agricultura, é de R$ 10 milhões.
Rossato disse que a crise econômica, gerada pela falta de política agrícola adequada para o setor, que reflete em todos os segmentos econômicos, está debilitando a base da economia do Município, cujo suporte é a agricultura. “A política monetária do Governo Federal vem submetendo os produtores rurais à penosa situação de inviabilidade econômico-financeira e sentimos a necessidade de apoiar ações múltiplas e articuladas pelo movimento dos agricultores, que reivindicam ampla melhoria no setor, visando às mudanças de procedimentos na Política Agrícola que atinge o Agronegócio”, frisou o prefeito no decreto assinado hoje.
Em Vera (90 km de Sinop), o prefeito José Nilton dos Santos (Niki) também decretou o fechamento da prefeitura. Estarão sendo atendidos nestes três dias, apenas os serviços essenciais, como Saúde, Educação, Obras e limpeza urbana.
O prefeito de Sinop, Nilson Leitão, disse que recebeu ontem comunicado da AMM convocando as prefeituras para o fechamento e confirmou que Sinop vai aderir.
A Prefeitura de Nova Mutum (município que também tem economia baseada na agricultura) está decidindo a adesão ao manifesto.
A Associação Mato-grossense dos Municípios tem mobilizado os prefeitos a fecharem as prefeituras por três dias em apoio ao manifesto dos produtores, que entrou na segunda semana, cobrando do governo Lula mudanças na política econômica e agrícola para que os preços voltem a patamares que sejam suficientes para bancar a produção e ter uma pequena margem de lucro, diferente da situação atual.
(Atualizada às 15:15hs)