O prefeito Ari Lafin participou, esta semana, na sede do Sindicato Rural, de uma reunião entre representantes de produtores rurais (em especial irrigantes e aquicultores) e da Energisa, com objetivo de procurar soluções para sobrecarga elétrica em Sorriso, que vem trazendo transtornos a consumidores tanto da cidade, quanto do campo.
De acordo com a concessionária que distribui a energia no Estado, o problema está na subestação da Eletronorte, que é responsável pela rede básica de transmissão. Em comunicado oficial, a concessionária informou que, desde 2020, a empresa sinaliza, junto à Aneel, o Ministério de Minas e Energia e à Eletronorte, a previsão de aumento abrupto da demanda de energia no município, puxado principalmente pela expansão do agronegócio com irrigação. Neste ano, reforçou o entendimento, apontando uma possível sobrecarga a partir de agosto.
Como forma de mitigar os efeitos de picos de consumo até que a Eletronorte faça as obras necessárias para expansão de carga, equipes de engenharia da Energisa desenvolveram um plano de apoio que prevê obras de interligação da região com novas fontes e redes de cidades vizinhas, assim como a expansão de horários com desconto de tarifa para irrigação, focada em clientes com altíssimo consumo (cerca de 21 ao todo) – alterando os trechos do dia com pico de uso de energia.
A previsão de conclusão das obras é até o final de agosto. Até lá, a companhia atua sob orientação do Operador Nacional do Sistema para intervir pontualmente com ações de alívio de carga, assim como cobra da transmissora a solução definitiva para a questão.
“Nosso trabalho tem sido intenso, com reuniões em Cuiabá e Brasília para expor essa situação e buscar uma solução que permita o desenvolvimento de Sorriso, tanto na área urbana, quanto na área rural e, mais que isso, que haja energia elétrica suficiente – e com qualidade – para que se dê continuidade ao constante processo de industrialização do Município”, destacou o prefeito.
O gestor municipal também anunciou que os investimentos que seriam feitos somente em 2028 na subestação da Eletronorte, devem ser antecipados para 2025. “Mesmo tendo a sinalização deste adiantamento nas obras, é preciso buscar soluções urgentes para esta situação, visto que a energia elétrica é insumo básico para o Município”, complementou.
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