Prefeitos de todo país vão se reunir em Brasília na próxima semana para discutir e apresentar uma série de reivindicações dos municípios ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao Congresso Nacional. A 10ª Marcha de Prefeitos chega na capital federal na terça-feira (10) e tem reuniões agendadas até quinta-feira.
De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), organizadora da marcha, são esperados cerca de três mil prefeitos, além de centenas de vereadores que vão participar do II Fórum Nacional de Vereadores, evento paralelo à marcha, programado para quarta-feira (11).
Na terça-feira, representantes da marcha têm encontros pela manhã com os presidentes da Câmara, Arlindo Chinaglia, e do Senado, Renan Calheiros. Os prefeitos vão entregar uma carta aos representantes com alguns pedidos, entre os quais a aprovação do texto da minireforma tributária e a adequação do texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Fundo de Manutenção da Educação Básica (Fundeb), para evitar prejuízos financeiros aos municípios.
O líder do governo na Câmara, José Múcio Monteiro (PTB-PE), espera que a marcha seja mais uma pressão aos partidos de oposição, em especial o Democratas, que vem tentando paralisar as votações. Uma da medidas provisórias, que segundo Múcio é de interesse de governadores e prefeitos, a 347, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), aguarda deliberação do plenário cujas votações vêm sendo obstruídas pelo Democratas.
A MP 347 autoriza o Tesouro Nacional a conceder crédito de R$ 5,2 bilhões à Caixa Econômica Federal. Os recursos são destinados a operações de financiamento nas áreas de saneamento básico e habitação popular. A proposta beneficia diretamente governos estaduais e municípios. “É uma medida que atende bastante aos estados, a área de saneamento, de habitação popular. Na semana que vem teremos a marcha de prefeitos que pode contribuir para aprovar [a medida]”, afirmou.