O primeiro dia de 2017 marca a posse de 137 dos 141 prefeitos eleitos e reeleitos nas eleições de outubro do ano passado. Ao longo do dia, estão programadas nos municípios de Mato Grosso as cerimônias que marcam o início ou, no caso daqueles que foram mantidos pelos eleitores, a continuidade das gestões, em meio a um cenário de crise em boa parte das prefeituras. Em quatro cidades, os escolhidos no processo eleitoral serão substituídos pelos presidentes das Câmaras Municipais, enquanto aguardam decisões judiciais, que podem confirma-los nos cargos ou definirem novos pleitos.
A renovação dá a tônica das cerimônias de posse previstas para este domingo. Dos 137 prefeitos confirmados, nada menos que 106 foram eleitos, enquanto que apenas 35 foram reeleitos. O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) foi o de maior projeção estadual, elegendo 39 prefeitos. Em seguida, o Partido Social Democrático (PSD), assumirá 24 prefeituras. O terceiro partido que mais elegeu candidatos foi o Partido Social Brasileiro (PSB) conquistando 15 prefeituras, empatado com o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Outra sigla que se destacou nas eleições foi Partido da República (PR), que obteve 12 prefeituras.
Em Cuiabá, capital e maior cidade do estado, a posse do prefeito eleito em segundo turno, Emanuel Pinheiro (PMDB), será uma das últimas deste domingo. A partir das 19 horas, ele recebe o cargo do atual prefeito, Mauro Mendes (PSB), que desistiu de tentar a reeleição, em solenidade marcada para o Centro de Eventos do Pantanal. Na cerimônia são aguardadas lideranças dos partidos que o apoiaram na disputa, e que ao longo do dia participarão de outras transmissões de cargo.
O peemedebista chega para o início de seu mandato com os nomes dos 18 secretários definidos, após semanas de negociações com as siglas, que motivaram até mesmo cobranças públicas por espaço na gestão. Uma curiosidade é que a partir de 2017 Cuiabá voltará a ter vice-prefeito, Niuan Ribeiro (PTB). A ausência de ocupante no cargo ao longo da gestão de Mendes ocorreu porque o ex-deputado estadual, João Malheiros (PR), desistiu de tomar posse, preferindo concluir seu último mandato enquanto parlamentar.
Já em Rondonópolis, um “novo velho” prefeito toma posse. José Carlos do Pátio (SD) assume o comando da cidade quatro anos após ter seu mandato cassado pela Justiça Eleitoral. A decisão, inclusive, foi revertida em 2015, mas já sem tempo para que ele retornasse ao cargo. Na disputa, Pátio, que foi eleito deputado estadual em 2014, derrotou os grandes líderes da política local, incluindo o atual prefeito, Percival Muniz (PPS). No retorno de Pátio à prefeitura, estão previstos dois shows musicais e um arroz carreteiro para 5 mil pessoas.
Sinop também terá uma nova prefeita. Vice-prefeita na gestão passada, Rosana Martinelli (PR) venceu uma acirrada disputa e será empossada neste domingo. Ao lado de 14 secretários, boa parte deles já definidos, a republicana vai comandar um orçamento de R$ 388,6 milhões para o exercício de 2017. A solenidade será no centro de eventos Dante de Oliveira. A eleição da mesa diretora da câmara será às 20h.
Em Sorriso, o prefeito eleito Ari Lafin toma posse esta manhã, em um centro de eventos. Em lucas, Luiz Binotti (PSD) também ser a empossado pela manhã.
Em Chapada dos Guimarães, a ex-deputada Thelma de Oliveira (PSDB) foi escolhida para comandar a cidade pelos próximos quatro anos. Viúva do ex-governador Dante de Oliveira (PSDB), ela é uma das 15 mulheres que serão empossadas neste 1º de janeiro. Entre os municípios que reelegeram seus prefeitos, o destaque fica por conta de Barra do Garças. Os eleitores da cidade decidiram pela continuidade da gestão de Roberto Farias (PMDB), que contou com o apoio de 16 partidos para derrotar Sandro Saggin (DEM) e receber mais de 70% dos votos válidos.
Um dos partidos que mais perdeu votos nas eleições de outubro, o PT terá sob seu comando duas prefeituras. Em Juína, Altir Antônio Peruzzo, venceu a disputa, mas por pouco não desistiu de assumir o cargo. Primeiro suplente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o petista ganharia direito a uma cadeira permanente no Parlamento com a vitória de Pinheiro. Depois de levantar a possibilidade, o próprio Peruzzo descartou a manobra e optou por ser prefeito de Juína pelos próximos quatro anos.