Prefeitos da Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá divergem sobre a nomeação do Conselho Administrativo que será responsável por gerir projetos comuns às cidades de Várzea Grande, Santo Antônio do Leverger e Nossa Senhora do Livramento, além da capital. Enquanto Chico Galindo (PTB) quer a presidência, os demais defendem escolha do governador Silval Barbosa (PMDB) como forma de manter a isonomia de tratamento.
A divergência foi exposta ontem durante reunião dos prefeitos Tião da Zaeli (Várzea Grande), Harrisson Ribeiro (Santo Antônio do Leverger) e Zenildo Pacheco (Nossa Senhora do Livramento). Galindo não compareceu para evitar contatos com a imprensa e ter que responder às críticas sobre o processo de concessão do serviços de saneamento da capital para a empresa CAB Ambiental, de São Paulo.
Os três prefeitos presentes defenderam o nome de Silval como presidente, ou que ele indique algum subordinado, alegando necessidade de isonomia entre as cidades. O projeto de lei que será encaminhado nos próximos dias à Assembleia Legislativa também deixará o Conselho Administrativo e a Agência de Desenvolvimento ligados à Secretaria de Estado de Cidades, comandada por Nico Baracat (PMDB), com base eleitoral em Várzea Grande, onde foi realizada ontem a reunião.
"Temos ainda algumas divergências, mas o importante é que essas estruturas permitirão desenvolvermos projetos comuns às cidades do Vale do Rio Cuiabá", afirma Zenildo Pacheco. Tião da Zaeli defendeu outra mudança no projeto: criação automática do Fundo de Desenvolvimento e não apenas em 2014, como está previsto. Já Harrisson Ribeiro quer garantir a autonomia das prefeituras para decidir sobre as respectivas ocupações dos solos.
O sistema da Região do Vale do Rio Cuiabá pretende organizar projetos públicos e divisão de recursos para as cidades. O Conselho será formado por representantes das prefeituras, câmaras de vereadores, Estado e sociedade civil organizada.