Começam ser elaboradas neste sábado, em uma audiência pública em Alta Floresta, as propostas para implantação da hidrovia Teles Pires – Tapajós. A prefeita de Alta Floresta, Maria Izaura Dias, dos municípios de Paranaíta, Carlinda, Nova Bandeirantes, Apiacás e Nova Monte Verde – que integram o consórcio Vale do Teles Pires – além de outros da região Norte, devem participar das discussões.
A proposta inicial, já inclusa na relação descritiva do Sistema Hidroviário Nacional, é que a hidrovia comece em Alta Floresta, no rio Tapajós, afluente da margem direita do rio Amazonas, e siga por 851 km até a confluência dos rios Teles Pires e Juruena. Sua foz, na cidade de Santarém, está a cerca de 950 km de Belém e 750 km de Manaus.
A obra pode custar US$ 200 milhões e viabilizar um novo canal de escoamento da produção agrícola, madeireira e pecuária de todo o Nortão, reduzindo custos com fretes e possibilitando a expansão das exportações de 35 municípios que estão na área de influência da hidrovia. Hoje, a má conservação das rodovias é considerado o principal entrave para a comercialização da produção local.
Esta é uma cobrança do setor produtivo da região há muitos anos e foi incluída no PAC – Programa de Aceleração do Crescimento – do Governo Federal para que novos estudos sejam feitos apontando a viabilidade da obra.
Além dos prefeitos, devem participar da audiência, a partir das 09 horas, na AABB, representantes da Administração das Hidrovias da Amazônia Ocidental (AHIMOC), da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), do Ibama, sindicatos rurais, de madeireiros e moveleiros, Clubes de Dirigentes Lojistas (CDL), Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), clubes de serviços e deputados.
Esta é a terceira audiência, este ano, para discutir o assunto.