quinta-feira, 12/dezembro/2024
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Prefeitos de Juara, Porto e Tabaporã decretam estado de emergência

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Os prefeitos dos municípios de Juara, Oscar Martins Bezerra, Novo Horizonte do Norte, Júnior Pereira Neves, Porto dos Gaúchos, Rivelino Brás Trevisan e de Tabaporã, Paulo Rogério Riva, reúnem-se hoje, a partir das 14 horas, em Gaúcha do Norte, com os presidentes das Câmaras de Vereadores para tratar de medidas emergenciais a serem tomadas em relação à situação caótica da região do Vale do Arinos.

Com o fechamento das empresas do setor madeireiro e as demissões em massa de funcionários, o quadro se agravou. Os municípios decretaram ponto facultativo e estado de emergência em função da instabilidade provocada pelos protestos dos trabalhadores. Desde a deflagração da Operação Curupirano início de junho, o setor vive a pior crise financeira da história. Os prefeitos estão apreensivos com a situação atual dos municípios, tendo em vista a queda na arrecadação gerada pelo fechamento de madeireiras. Em Juara, Tabaporã e Porto dos Gaúchos, o comércio também fechou as portas em solidariedade aos madeireiros, funcionando apenas farmácias, postos de gasolina em plantões.

O prefeito de Juara, Oscar Martins Bezerra, informou que mais de quatro mil pessoas participaram de um grande protesto na praça dos colonizadores. Segundo ele, o setor madeireiro responde por 60% da economia da região, notadamente pela geração de emprego e renda. Com o fechamento das madeireiras, mais de 1.800 pessoas podem ficar desempregadas.

Amanhã (13), outro movimento acontece em Tabaporã e Porto dos Gaúchos com a participação dos empresários do setor madeireiro e moveleiro, representantes das cooperativas, Clubes de serviços, Associação Comercial, Câmara de Dirigentes Lojistas e produtores rurais.

O prefeito de Tabaporã, Paulo Rogério Riva, ressaltou que a preocupação aumentou com o problema social gerado pelo índice de desemprego no município. “A situação é grave. São mais de mil empregos diretos que estão comprometidos. Além disso, registramos uma queda acentuada na arrecadação, o que inviabiliza ainda mais a administração municipal”, disse.

O prefeito de Porto dos Gaúchos, Rivelino Brás Trevisan, frisou que a crise do setor madeireiro reflete em todos os setores da economia da região. “Isto já está acontecendo com o fechamento do comércio e do Banco do Brasil no município. Estamos registrando uma queda de 70% na arrecadação do município. A situação é de calamidade pública mesmo. Somente a interferência dos Governos Federal e estadual pode resolver essa crise”, assinalou o prefeito.

O prefeito lembrou ainda que o Ibama foi inoperante na região. Segundo ele, os projetos de manejo tramitavam há muitos anos no órgão. O prefeito lembrou ainda que o sistema de Autorização de Transporte de Madeira também apresentou irregularidades.

O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Jose Aparecido dos Santos, Cidinho garantiu total apoio ao movimento. Ele frisou que diversas manifestações vêm ocorrendo nos municípios devido às conseqüências do fechamento das madeireiras.

“Os municípios não podem continuar nesta situação. A queda na arrecadação repercute diretamente na falta de investimento em setores essenciais para a população” alertou

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