Prefeitos de diversas cidades de Mato Grosso se reuniram, esta manhã, na sede da AMM, assinando manifesto e cobrando do governo estadual, reforço na segurança pública e a imediata prisão dos assassinos dos prefeitos de Nova Canaã do Norte, Antonio Luiz Castro – Luizão- e de Novo Santo Antonio, Valdenir Antonio da Silva (Quatro Olhos) executados a tiros nos últimos 15 dias. Os pistoleiros ainda não foram presos. Os gestores estão relatando as deficiências, no setor, em cada cidade. Algumas têm apenas dois policiais. A situação está ainda mais crítica devido a greve dos investigadores e escrivães, por melhores salários, que passa de 30 dias.
O prefeito de Colíder, Celso Banazeski, que também está no encontro, foi um dos que expôs a gravidade e fragilidade no setor de segurança e também disse que já sofreu ameaças, que foram feitos disparos contra sua casa, denunciou o caso a polícia, mas preferiu não mencionar mais detalhes sobre as circustâncias e o motivo de ter sido ameaçado, nem quando isto ocorreu. O prefeito de Alto Boa Vista também relatou que vem sofrendo ameaças e tem andando com seguranças.
O presidente da AMM, Meraldo Sá, disse que “o Estado apresenta expressivo crescimento econômico, mas a segurança ainda é um problema”. Ele completou dizendo que os gestores estão dispostos a firmar parceria com o governo do estado no setor para dar uma resposta à sociedade.
O presidente da Assembleia, José Riva, também pediu a reavaliação da máquina estatal com a redução de cargos comissionados, por exemplo, para dar fôlego aos cofres públicos a investir em segurança. Os policiais civis, em greve, aproveitaram a mobilização para sensibilizar o governo a investir no setor. Eles alertaram que, em quatro anos, Mato Grosso contabiliza mais de 1.450 assassinatos.
O secretário da Casa Civil, José Lacerda, o secretário de Ciência-Tecnologia, Chico Daltro, o deputado Dilmar Dal Bosco também participam do encontro com os prefeitos.
(Atualizada às 11:47h)