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Prefeitos alertam governo Lula para risco de caos na saúde pública

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O presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, aproveitou a abertura da 10ª Marcha em Defesa dos Municípios para pedir atenção especial do governo federal para os investimentos em saúde, sob pena de a situação ficar trágica.

“Estamos vivendo um verdadeiro pré-apagão na saúde brasileira”, afirmou hoje (10) Ziulkoski, o primeiro a discursar na cerimônia, realizada num hotel de Brasília.

Ontem, ele havia explicado que, atualmente, as prefeituras gastam 15% do que arrecadam com saúde e os governos estaduais gastam 12%. Segundo ele, a regulamentação do percentual gasto pela União pode significar R$ 15 bilhões a mais para o setor.

O presidente da entidade também ressaltou a disposição dos prefeitos de cooperar com o governo federal. “Não estamos aqui apenas para dizer que estamos endividados. Os prefeitos estão em Brasília para serem parceiros”.

Os principais líderes parlamentares brasileiros falaram em seguida. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), se disse satisfeito com os avanços constatados nesses dez anos de marcha e afirmou que a Câmara está aberta para dialogar com as prefeituras. “Vamos participar intensamente da solução dos problemas da sociedade”.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), reconheceu a disposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de encontrar soluções financeiras para as demandas dos municípios. Também ressaltou a necessidade de uma reforma política. “Estou certo de que somente com a reforma política teremos condições de assegurar a governabilidade nas três esferas do poder [legislativo, judiciário e executivo]”.

O presidente Lula participa do evento, assim como diversos ministros e outras personalidades. A marcha reúne prefeitos em Brasília para discutir a reforma federativa. O evento, que termina quinta-feira (12), é organizado pela Confederação Nacional dos Municípios.

Uma das principais reivindicações dos prefeitos é o aumento do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) em um ponto percentual. Segundo Ziulkoski, “o aumento do FPM daria, por ano, R$ 1,3 bilhão a mais para os municípios”

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